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Terra na Copa

No RJ, Valcke responde a polêmicas e volta a reclamar de atrasos

30 jan 2013 - 14h39
(atualizado às 17h51)
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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, teve que responder após a reunião com o Comitê Organizador Local (COL) à informação publicada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo de que teria recebido US$ 100 mil como consultor da candidatura do Brasil à Copa de 2014, contratado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no período em que esteve afastado da Fifa no primeiro semestre de 2007. Valcke não negou a consultoria e disse não ver conflito ético no trabalho, mesmo tendo, sem seguida, assumido a secretaria-geral da Fifa, que cuida das aprovações de tudo referente à Copa.

Secretário-geral da Fifa falou de consultoria à candidatura do Brasil e de acusações sobre o Catar 2022
Secretário-geral da Fifa falou de consultoria à candidatura do Brasil e de acusações sobre o Catar 2022
Foto: Daniel Ramalho / Terra

"Estão criando muita história a partir de pouca coisa. Fiz a consultoria sim e tudo foi feito com transparência", disse Valcke, afirmando que o presidente Joseph Blatter sabia de tudo. "Assim que voltei à Fifa deixei o trabalho imediatamente", declarou.

Valcke só não respondeu sobre o fato de fazer consultoria para uma candidatura que era única. "Era uma consultoria técnica, parte formal. Só ajudei a candidatura, e talvez nem tenha sido o melhor conselheiro", afirmou com ironia. Valcke negou ainda qualquer relação entre os problemas de Teixeira com as investigações da Justiça suíça e o escândalo da ISL.

Sobre as denúncias da revista francesa France Football a respeito da possível compra, por parte do Catar, da Copa de 2022, Valcke disse que a Fifa tem um comitê de ética independente e que, se houver alguma irregularidade, será alvo de investigação. "Ainda não falei com o presidente Blatter sobre o caso", afirmou.

Se Valcke apanhou, bateu também: reclamou do andamento da entrega das estruturas temporárias em Fortaleza e Brasilia para a Copa do Mundo de 2014. O francês disse que as exigências da Fifa foram feitas em 2008 e que até agora algumas não foram cumpridas. "A Fifa, ao contrário do que parece, é flexível em muitas coisas, mas queremos entregar o melhor", argumentou.

O dirigente disse ainda que é provável que aconteça uma redução de 15% no nível de exigências. "Mas o acordo firmado e 2008 é obrigação das cidades. Não vamos pedir nada além do que foi firmado", disse. Curiosamente, um minuto antes, o presidente do COL, José Maria Marin, tinha negado a redução.

Além disso, Valcke deixou transparecer insatisfação com os problemas de telecomunicações do País. "Recebemos a garantia do Ministério das Comunicações de que até a Copa de 2014 o Brasil vai estar bem mais à frente na questão da telefonia, e com a tecnologia 4G em funcionamento", disse.

O secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Luís Fernandes, presente à reunião, disse que as questões de melhorias de infraestrutura de aeroportos e garantia de abastecimentos de energia estão andando bem. "As noticias nesses pontos são muito tranquilizadoras", declarou.

Fonte: Terra
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