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Terra na Copa

Organização critica agressões a 38 jornalistas durante Copa

18 jul 2014 - 12h20
(atualizado às 13h34)
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Repórter do Terra foi atingido no braço (foto) por estilhaços de bomba de efeito moral lançada pela polícia para conter avano de manifestantes durante novo ato contra a Copa do Mundo em Porto Alegre
Repórter do Terra foi atingido no braço (foto) por estilhaços de bomba de efeito moral lançada pela polícia para conter avano de manifestantes durante novo ato contra a Copa do Mundo em Porto Alegre
Foto: Daniel Favero / Terra

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) expressou nesta sexta-feira seu protesto contra as agressões sofridas tanto nas mãos da polícia como em grupos de manifestantes por 38 jornalistas durante a Copa do Mundo no Brasil.

"Apesar das promessas do governo, os jornalistas no Brasil continuam sem poder contar com a proteção garantida pelo Estado através de um mecanismo nacional em tal sentido", disse em comunicado a responsável para América da RSF, Camille Soulier.

O número de agressões contra jornalistas chegou ao máximo no dia da final da Copa, no último dia 13, "um nível esmagador", segundo RSF, que fixou em 15 o número de profissionais da imprensa que foram atacados no dia.

Entre os jornalistas agredidos está o fotógrafo independente canadense Jason o'Hara, que recebeu um chute na cara de um agente da Polícia Militar brasileira quando fazia fotos de uma manifestação contra a Fifa.

Na mesma operação, a fotógrafa da agência Reuters Ana Carolina Fernandes, foi atacada com gás lacrimogêneo e Felipe Peçanha, do grupo Mídia Ninja, foi "espancado".

O comunicado relata que o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, esteve no Brasil entre 10 e 17 de julho e se reuniu com porta-vozes da presidência brasileira, que afirmaram que a Polícia Militar recebe formação para agir em manifestações não violentas, mas especificaram que a corporação não depende do Executivo.

A RSF lamentou que por enquanto não tenha sido ativado o observatório de violência contra os jornalistas que a presidência disse que formaria.

Dois jornalistas do Terra também sofreram agrassões durante a Copa do Mundo. Na manifestação que ocorreu antes da final, o fotógrafo Mauro Pimentel foi atingido por um cacetete. Em Porto Alegre, antes da partida entre Holanda e Austrália, ainda na primeira fase, o repórter Daniel Favero foi atingido por estilhaços de bombas arremessadas a curta distância por PMs durante protesto.

EFE   
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