Para Parreira, Seleção deveria desistir de contar com Diego Costa
Diego Costa deve jogar pela Espanha. Esta é a opinião do coordenador técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, após o anúncio da Federação Espanhola de Futebol (FEF) de que o atacante optou por defender a nação ibérica. Para o membro da comissão técnica do Brasil, uma vez que o jogador fez a escolha, não há motivos para insistir.
"Fui totalmente favorável que a CBF lutasse pela vinda do jogador com todas as forças até o momento em que ele se declarou favorável a jogar pela Espanha. A partir daí, não voltaria a ir atrás dele", disse Parreira nesta terça-feira em evento no CT da Barra Funda, que pertence ao São Paulo, em que a Fifa definiu o catálogo de centros de treinamento disponíveis para as seleções da Copa do Mundo.
Diego Costa já atuou pela Seleção Brasileira em amistosos, mas a Fifa permitiu que o jogador decidisse em que equipe nacional jogar. A Espanha se mostrou interessada em contar com o atacante sergipano, que optou por se tornar ibérico.
"A CBF não pode ser acusada de omissão. Usamos todos os mecanismos possíveis. Convocamos até antecipadamente, mas a partir do momento que o jogador diz que não quer, eu não traria mais para jogar pela Seleção Brasileira. O processo se esgotou quando ele disse que não quer mais jogar pela Seleção. Abriu-se uma oportunidade para que ele viesse, e acho que poderia se dar por encerrado assim que está. Vai prevalecer a opinião do jogador", declarou Parreira.
A opinião do coordenador técnico difere da mentalidade do presidente da CBF, José Maria Marin, que prometeu que a entidade seguirá na briga por Diego Costa. O dirigente, entretanto, afirmou respeitar a posição de Parreira.
"Eu confesso a vocês que minha opinião não é a mesma. Dentro da legislação esportiva, dentro daquilo que cabe como responsabilidade da CBF, vamos lutar dentro daquilo que julgamos ser direito da Confederação Brasileira de Futebol e interesse maior do futebol brasileiro. A CBF não dá o caso como encerrado. A palavra final, nós respeitamos, é a palavra do jogador. Coube ao jogador decidir e agora cabe à CBF ver o que julga ser direito dentro da legislação esportiva", avisou Marin.