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Terra na Copa

Protestos contra a Copa complicam o trânsito em Brasília e Rio de Janeiro

30 mai 2014 - 21h11
(atualizado às 21h21)
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Um protesto contra a Copa do Mundo nesta sexta-feira gerou um pequeno caos no trânsito de Brasília, mesmo contando com a participação de apenas 200 pessoas, que marcharam até o Estádio Nacional Mané Garrincha vigiados de perto por vários policiais.

Embora na convocação feita pelas redes sociais cerca de oito mil pessoas tenham confirmado presença, a chamada não encontrou eco na capital e o pequeno grupo marchou sem nenhum incidente, vigiado de perto por um número similar de policiais.

A manifestação foi convocada por movimentos sociais agrupados na plataforma "Não vai ter Copa", que protesta contra o alto gasto público na competição, que começará em São Paulo no próximo dia 12 de junho com a partida entre Brasil e Croácia.

A marcha percorreu os dois quilômetros que separam o Museu Nacional de Brasília e o estádio e, por alguns momentos, bloqueou totalmente o trânsito no Eixo Monumental.

A única consequência foi um "nó" no trânsito durante as cerca de duas horas que durou o protesto, que após chegar nos arredores do estádio se dirigiu ao terminal de ônibus, onde um grupo menor que o inicial continuou proclamando contra o Mundial.

Na mesma hora, no Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas, várias vestidas de preto e com máscaras, participaram em uma também tímida manifestação contra a Copa.

Apesar do reduzido número de participantes do protesto convocado pelas redes sociais e que prometia reunir uma multidão, os manifestantes conseguiram bloquear a passagem em várias ruas do centro da cidade.

Além disso, obrigaram alguns comerciantes a fechar suas portas antecipadamente perante o temor que fossem vítimas de ataques de vandalismo.

Os manifestantes se concentraram no começo da noite na praça da Candelária e marcharam para a sede da prefeitura do Rio de Janeiro em uma tentativa de se juntar aos cerca de dois mil professores da rede pública que participavam de um protesto para exigir melhores salários.

Os professores tinham se concentrado em outro local e se dirigiram à prefeitura, mas já estavam saindo quando os manifestantes contrários à Copa chegaram, motivo pelo qual o protesto perdeu força e terminou dispersado pela polícia sem incidentes.

Os professores em greve, em maior número, também provocaram enormes engarrafamentos em várias ruas do Rio.

O cenário foi muito diferente ao do terça-feira passada em Brasília, quando um protesto similar terminou com confrontos entre manifestantes e policiais e dois agentes feridos.

Um deles foi atingido por uma flecha disparada por índios que exigiam maior rapidez na demarcação de suas reservas e se somaram à manifestação contra o Mundial.

EFE   
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