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Terra na Copa

Reestreia de Felipão terá casa cheia, tabu e respeito por Ronaldinho

4 fev 2013 - 07h00
(atualizado às 15h50)
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Por si só, a reestreia de Luiz Felipe Scolari no comando da Seleção Brasileira atrai grande atenção para o amistoso entre Brasil e Inglaterra. Mas alguns elementos contribuem para que o encontro marcado para o Estádio Wembley ganhe uma atmosfera ainda mais atraente para esta quarta-feira, às 17h30 (de Brasília).

Felipão perdeu estreia em sua 1ª passagem pela Seleção; nesta quarta, ele busca melhor sorte
Felipão perdeu estreia em sua 1ª passagem pela Seleção; nesta quarta, ele busca melhor sorte
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O jogo envolverá um tabu de Felipão em seleções, sua volta à Inglaterra depois de uma saída tumultuada do Chelsea e uma grande pressão dos donos da casa. Todos os ingressos colocados à venda para o jogo comemorativo pelos 150 anos da Federação Inglesa foram vendidos, e o estádio deve ter um público muito próximo de sua capacidade máxima de 90 mil.

A atmosfera, assim, será muito diferente da encontrada pelo Brasil em suas últimas partidas fora de seu território. Ainda sob comando de Mano Menezes, o time principal encerrou 2012 com vitórias em campos neutros contra Japão (na Polônia), Iraque (na Suécia), e Colômbia (em Nova Jersey). Todos os estádios estavam longe da lotação máxima e sem clima de adversidade.

Se pelo lado brasileiro o duelo significa um reinício agora nas mãos de Felipão, para os ingleses o jogo é encarado como uma oportunidade de amenizar a desconfiança de uma torcida preocupada com a irregularidade de uma geração envelhecida com dificuldades nas Eliminatórias. A Inglaterra é segunda de seu grupo, atrás de Montenegro.

Entre os experientes da seleção inglesa, Ashley Cole e Frank Lampard trabalharam com Felipão no Chelsea. Será a primeira vez que o treinador brasileiro voltará à Inglaterra desde sua passagem frustrada pelo clube londrino entre 2008 e 2009. Na ocasião, uma das justificativas para a rápida saída esteve na dificuldade de relacionamento com as referências do Chelsea. O zagueiro John Terry, um dos que teria contribuído para a fritura do treinador, deixou a seleção inglesa no final do último em decorrência das acusações de racismo.

A volta de Felipão à Inglaterra provoca curiosidade principalmente entre os torcedores do Chelsea. O guia de turismo do estádio de Wembley, Cristopher Gibbons, diz que agora o treinador está no lugar certo. “Ele é um treinador de seleção, não de time”, argumentou, sem levar em conta os bons resultados de Felipão em clubes brasileiros na década de 90. “Mas lidar com as estrelas do meu time não é fácil para qualquer treinador”, ponderou.

Ronaldinho preocupa

Assim como a reestreia de Felipão, a volta de Ronaldinho tem atraído a atração dos ingleses. Na noite do último domingo, o canal Sky Sports exibiu um programa especial de 30 minutos sobre o jogador, contando a sua decadência desde o auge no Barcelona e a dificuldade em, desde então, engrenar um longo período de bom futebol. O jornal The Guardian classifica o jogador como a principal “manchete” do amistoso.

A imagem que não sai da cabeça dos ingleses ao ouvir o nome de Ronaldinho é de mais de 10 anos atrás. O gol "sem querer" de falta no 2 a 1 das quartas de final da Copa do Mundo de 2002 ainda provoca calafrios nos torcedores ingleses. “Sei que ele não está em boa fase, mas é só lembrar o que ele fez contra nós em 2002”, recorda Gibbons.

Tabu de Felipão

Se suas passagens por seleções sempre tiveram relativo sucesso, as estreias foram abaixo do esperado. Nos primeiros jogos com Brasil, Kuwait e Portugal, Felipão acumulou duas derrotas (Uruguai 1 x 0 Brasil e Itália 1 x 0 Portugal) e um empate (Kuwait 1 x 1 Polônia). Posteriormente, foi pentacampeão com os brasileiros, levou os portugueses ao vice-campeonato europeu e conquistou a Copa do Golfo.

Na volta à Seleção, Ronaldinho vai enfrentar seleção na qual marcou um gol inesquecível (Foto: Getty Images)

Fonte: Terra
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