O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou nesta segunda-feira que vai manter a estratégia de uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes. A declaração foi feita em coletiva convocada para elogiar a atuação da Polícia Militar, que no último sábado, durante a abertura da Copa das Confederações, reprimiu violentamente uma manifestação de 2 mil pessoas em torno do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
"Na nossa análise, houve uma atuação perfeita das nossas corporações. Os policiais precisavam dispersá-los e, para isso, foi feito o uso dos equipamentos. Os militares demonstraram extremo equilíbrio. Eles (manifestantes) escolheram isso (o confronto). Sabiam que não poderiam ultrapassar os limites", defendeu Avelar.
Questionado se a polícia continuaria utilizando balas de borracha e gás lacrimogêneo, o secretário disse não ver motivos para não dispor do armamento caso a manifestação programada para o fim da tarde de hoje saia do controle.
No ato do último sábado, 34 pessoas ficaram feridas, entre elas quatro policiais, e 29 foram levadas para delegacias após confronto entre os dois grupos e a PM. Uma das manifestantes, a estudante universitária Isadora Cristina Ribeiro de Almeida, 18 anos, levou nove pontos na cabeça depois de ser atingida por uma bala de borracha disparada por um dos policiais. Os militares lançaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, atingindo inclusive torcedores japoneses que foram prestigiar o jogo de futebol.
Uma das cenas mais difundidas após a manifestação foi a de um homem correndo pelo canteiro central do Eixo Monumental. Perseguido por dois policiais em motos, o homem acabou sendo atropelado por um deles. Já no chão, foi imobilizado por outros três PMs. Sandro Avelar comentou o episódio e defendeu a atuação dos policiais. Para o secretário de Segurança, a culpa foi do manifestante, que caiu na frente da moto da PM.
"Eventualmente, caso tenha havido (excesso), será investigado pela corregedoria. Mas nesse primeiro momento, não temos nenhum caso que possa ser atribuído a qualquer policial de excesso", disse o secretário.
Avelar acrescentou que a Polícia Civil está investigando a motivação do protesto de sexta-feira e se haveria a participação de integrantes de fora do Distrito Federal. O secretário reafirmou que considera vandalismo a atitude de manifestantes que colocaram fogo em pneus, paralisando o Eixo Monumental e prejudicando o asfalto no local.
Após a ação, cinco suspeitos foram detidos. Segundo informações dos policiais, o motorista do caminhão usado para transportar os pneus teria recebido R$ 250 para fazer o transporte do material até as imediações do estádio. Avelar disse que os protestos têm caráter diferente e os envolvidos na manifestação de sexta serão punidos.
Menina ficou ensanguentada durante o protesto
Foto: Celso Paiva / Terra
Polícia prende alguns manifestantes nos arredores do Estádio Mané Garrincha
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes são detidos pela polícia
Foto: Celso Paiva / Terra
Mulher recebe atendimento após o ferimento na cabeça. Manifestação contra o dinheiro gasto com a Copa do Mundo foi realizada em Brasília
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes protestaram contra o investimento na Copa das Confederações. Muitos levaram cartazes pedindo mais investimentos em hospitais e educação
Foto: Celso Paiva / Terra
Antes mesmo da abertura da Copa das Confererações, neste sábado, houve corre-corre e protestos na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
O clima esquentou entre os manifestantes e policiais; um dos cartazes dizia "eles querem nos silenciar", em inglês
Foto: AFP
A Tropa de Choque da Polícia Militar se manteve ativa
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A cavalaria se posicionou na frente do estádio para conter os manifestantes
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Policiais, pilotando motos, perseguiram os manifestantes
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
As frases fazendo menção à educação no País foram frequentes
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Neste sábado, cerca de 2 mil pessoas se reuniram na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para protestar contra a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, embora as manifestações tenham sido pacíficas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
As ações coincidem com a data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confereções
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A equipe entra em campo contra o Japão às 16h
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Põe na conta da Fifa", dizia um dos cartazes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante se cobriu com a bandeira nacional e ofereceu flor ao bloqueio do Choque
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Manifestação ocorreu horas antes de Brasil x Japão, jogo que inaugura a Copa das Confederações
Foto: EFE
"Se a robalheira não parar, o Brasil vai parar", dizia uma faixa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes se definem como os "novos caras pintadas"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante oferece flor aos policiais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Eles também se mostraram solidários aos protestos que acontecem na capital paulista, contra as novas tarifas no transporte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Com a cara pintada, manifestante faz bolinhas de sabão
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A bandeira do Brasil aparece pintada com palavras como "repressão" e "PEC 37"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Cavalaria também foi acionada para conter os protestos
Foto: Celso Junior / Terra
Em cartaz, manifestante usa verso do Hino Nacional para protestar
Foto: Celso Junior / Terra
Os policiais estiveram ativos, mas não houve grandes confrontos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Algumas pessoas apareceram usando máscaras
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um dos manifestantes improvisou uma máscara caseira
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O protesto começou antes mesmo da abertura do evento
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em ação na porta do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para tentar barrar cerca de 300 manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo de 2014 na manhã deste sábado, data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O movimento "Copa pra quê?" vem ganhando força no entorno dos estádios que sediam a Copa das Conferações
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Os manifestantes questionam os investimentos feitos em função da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014
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Manifestante faz menção aos protetos na capital paulista contra o aumento do valor da tarifa de ônibus
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra
Os integrantes da ação questionam a ausência de investimento em saúde e educação
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Manifestante segura cartaz com apoio aos ativistas da cidade de São Paulo, que convive com protestos nas últimas semanas contra o aumento das tarifas de metrô e ônibus
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Tropa de Choque da Polícia Militar chegou a usar bala de borracha para dispersar os manifestantes
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Manifestantes saíram da Esplanada e se dirigiram ao Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha)
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Na manhã deste sábado, cerca de 2 mil jovens realizaram um protesto em Brasília
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A ação é liderada pelo grupo "Copa pra quem?" e por outro grupo que pretende repercutir as manifestações que vêm ocorrendo em São Paulo
Foto: Dassler Marques / Terra
A princípio, o grupo se organizou via redes sociais; ele iniciaram uma caminhada pela avenida Eixo Monumental, que corta a cidade de leste a oeste
Foto: Dassler Marques / Terra
Na última sexta-feira, também ocorram protestos contra os custos com a Copa do Mundo
Foto: Dassler Marques / Terra
O primeiro jogo do campeonato acontece neste sábado, às 16h, com a partida entre Brasil e Japão no Estádio Nacional Mané Garrincha
Foto: Dassler Marques / Terra
Manifestantes seguravam faixas com frases do como: "Copa do Mundo eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação"
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Além disso, panfletos com logos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) eram distribuídos pelo movimento
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A manifestação é pacífica, mas a Polícia Militar acompanha a ação
Foto: Dassler Marques / Terra
Segundo os organizadores, o custo da reforma do estádio foi todo bancado pelo governo do Distrito Federal; de acordo com relatório do deputado federal Romário, os gastos superaram R$ 1,2 bilhão
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Partipantes reivindicam mais investimentos em saúde e educação: "aqui tudo é copa"
Foto: Diogo Alcântara / Terra
Manifestante utiliza máscara durante o protesto em Brasília
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Durante a manifestação, pessoas protestaram contra o dinheiro gasto nos estádios
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Mulheres levaram cartaz em inglês afirmando que o País não precisa da Copa do Mundo, mas sim de hospitais e educação
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Cavalaria passa entre os manifestantes
Foto: Reuters
Este policial aceitou uma flor entregue por um manifestante. Durante os protestos algumas pessoas levam flores para simbolizar a paz
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Manifestante tenta entregar rosa, mas policial recusa
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Mulher ironiza e diz que os filhos doentes terão de ser levados aos estádios
Foto: Agência Brasil
Larissa Souza foi baleada na perna com um projétil de borracha durante as manifestações
Foto: Diogo Alcântara / Terra
O governo do Distrito Federal divulgou uma nota afirmando que a segurança de todo Estado estará "garantida" durante a competição