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Terra na Copa

Substituto de Pelé no bi, Amarildo pede calma a quem entrar na vaga de Neymar

5 jul 2014 - 16h32
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Substituto de Pelé após a lesão do 'Rei' na Copa do Mundo de 1962, no Chile, o ex-atacante Amarildo pediu tranquilidade a quem for o escolhido para o lugar de Neymar, que foi cortado do torneio após se lesionar na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia na sexta-feira, no Castelão, em Fortaleza.

"O jogador deve ter tranquilidade para entrar no lugar dele. Quem é que vai entrar não interessa. Interessa é que quem entrar no lugar dele mostre todo o potencial e faça o melhor", disse à Agência Brasil, sem apontar um jogador preferido para a vaga.

Neymar sofreu uma fratura na terceira vértebra lombar em falta cometida pelo lateral-direito Camilo Zúñiga, que acertou o camisa 10 brasileiro com o joelho na disputa pela bola. Inconformado com o lance, Amarildo acha que a Fifa deveria punir tanto árbitro quanto o defensor, mas acredita que o Brasil possa ser campeão sem o atacante.

"Entrar com o joelho nas costas é covardia. Não é futebol. O pior é que encontramos um juiz que nem punição deu a ele. Quem tiver a missão de substituir o Neymar tem que fazer à altura. Quem sabe o time não melhora sem o Neymar? O Brasil ganhou sem o Pelé em 1962. Tem tudo para ganhar sem o Neymar", disse o ex-jogador.

Em um capítulo similar na história do futebol brasileiro em Copas, há 52 anos, o camisa 10 brasileiro, Pelé, sofreu um estiramento muscular e foi cortado.

Escolhido para substituir o 'Rei', Amarildo marcou os dois gols na vitória sobre a Espanha por 2 a 1 e balançou as redes uma vez na final contra a Tchecoslováquia, vencida por 3 a 1 pela seleção verde e amarela.

"Todo mundo no Brasil estava chorando. Só eu estava alegre. Não pelo Pelé, mas por eu ter a chance de mostrar o que eu podia pela seleção. Quando chegou a hora do jogo, joguei como se fosse no Botafogo", revelou, citando o clube carioca, onde viveu a melhor fase da carreira.

No entanto, a responsabilidade de comandar a equipe em campo na ausência de Pelé não coube a ele. Na época, o destaque da seleção foi Mané Garrincha, que brilhou e levou a equipe ao segundo título mundial.

Para Amarildo, levantar a taça em solo brasileiro seria uma oportunidade única para apagar a derrota por 2 a 1 para o Uruguai na decisão da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã, episódio que ficou mundialmente conhecido como o 'Maracanazo'.

"Temos a chance de apagar uma mancha negra que paira sobre o Maracanã desde 1950. Por isso, o Brasil tem lutar com ou sem o craque", destacou.

EFE   
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