Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, desembarcou no Brasil na manhã desta segunda-feira e permanecerá no País pelo menos até 13 de julho, data da final da Copa do Mundo. Até lá, vai trabalhar para que os últimos detalhes do evento, que se inicia em 12 de junho, sejam devidamente ajustados. Essa missão começou com artigo publicado no site da entidade, no qual ele minimiza o clima anti-Copa e as campanhas feitas nas redes sociais e avisa: “claro que vai ter Copa”.
“Não há dúvida: vai ter Copa. Na verdade, a Copa do Mundo da Fifa já desembarcou no Brasil. E o mundo todo está acompanhando tudo por antecipação. Nas próximas oito semanas, estaremos juntos para fazer uma história que começou há sete anos, uma história de sucesso para todos nós: Brasil e Fifa”, diz Valcke, em texto endereçado aos “prezados amigos do futebol”.
O dirigente usou estatísticas do tour da taça da Copa do Mundo para negar o clima anti-Copa no Brasil, com mais de 300 mil visitantes até o momento, e citou também os 11 milhões de ingressos extras requisitados, algo nunca antes visto em um evento da Fifa.
Ainda segundo Valcke, uma pesquisa feita pela Sponsorship Intelligence em 15 mercados-chave pelo mundo indica que 75% das pessoas têm sentimentos positivos em relação ao Mundial de 2014 – 50% está muito empolgada no geral, enquanto que no Brasil essa marca é de 57%. Para o secretário-geral, não há dúvidas do sentiment positive do brasileiro em relação ao evento.
“As manchetes estão gritando que o Brasil não quer a Copa do Mundo. Isso não se reflete nas pesquisas de opinião pública ou pelo que temos testemunhado no País durante o tour da taça da Copa do Mundo”, minimiza Valcke, que agora se prepara para “dias atarefados” em que vai ver os últimos avanços e deixar tudo pronto para o evento.
Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, os jornais europeus começaram a listar as exigências de algumas seleções para a disputa da competição. Em suas hospedagens, alguns times fazem pedidos simples, como frutas, carnes e café, enquanto outras até mesmo construíram o próprio hotel no Brasil. Confira a lista de pedidos das equipes:
Foto: Getty Images
Alemanha: hotel próprio O caso da Alemanha é um dos mais conhecidos (e bizarros): a Federação Alemã de Futebol (DFB), com o apoio de patrocinadores, construiu um hotel próprio na cidade de Santo André (BA) para hospedar a delegação durante a Copa do Mundo
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Argélia: Alcorão A seleção argelina é menos exigente, e solicitou ao hotel onde se hospedará, em Sorocaba (SP), cópias do Alcorão nos criados-mudos dos quartos de jogadores e da comissão técnica; resta saber se o livro sagrado do islamismo chegará a eles em francês, língua oficial da Argélia, ou em português
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Austrália: carne e café O Hotel Ilha do Boi, em Vitória (ES), terá uma missão mais simples: garantir pratos com carne vermelha, peixe e frango para a seleção australiana. Alguns jogadores também pediram a instalação de máquinas de café em seus quartos.
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Bósnia: isolamento acústico A única estreante na Copa do Mundo de 2014 fez um pedido relativamente simples para o hotel Casa Grande Hotel Spa Resort, no Guarujá: isolamento acústico no restaurante do local, de forma que os jogadores e a comissão técnica possam almoçar separadamente, sem que as conversas se sobreponham
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Equador: bananas A pedida dos equatorianos foi a mais simples e simpática: o time quer bananas típicas do país para os jogadores que disputarão o Mundial
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França: pintura e sabonetes Hospedados no JP Hotel, em Ribeirão Preto (SP), os franceses querem dois tipos de sabonetes líquidos, sendo um para o chuveiro e um para lavar as mãos; além disso, querem que todos os quartos sejam idênticos, inclusive nas pinturas das paredes e na posição dos móveis
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Inglaterra: privacidade Apesar da polêmica a respeito do jogo contra a Itália em Manaus, os ingleses não foram tão exigentes no que se refere à hospedagem no Royal Tulip Hotel, no Rio de Janeiro: apenas pediram exclusividade para usar os restaurantes, a academia e a piscina do estabelecimento em determinados horários
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Uruguai: ar condicionado Preocupada com o conforto de seus jogadores, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) quer apenas que os quartos dos convocados estejam equipes com aparelhos de ar condicionado