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Copa América

Ao ataque! Sob pressão, Chile e Argentina tentam deixar fila

Melhores equipes da Copa América decidem o dono da taça: será a primeira vez dos chilenos ou o fim de 22 anos de jejum dos argentinos?

4 jul 2015 - 06h53
(atualizado às 07h58)
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Ao menos de uma coisa é possível ter certeza na Copa América 2015: as duas equipes que jogaram o melhor futebol conseguiram chegar bem à final do torneio. Chile e Argentina protagonizam a partir das 17h (de Brasília) deste sábado, no Estádio Nacional de Santiago, um duelo de seleções vistosas, ofensivas e que vivem uma intensa pressão para ganhar um título importante e sair de uma longa fila sem conquistas. E o Terra acompanha essa decisão minuto a minuto.

Pelos lados do time da casa, o clima de euforia é comparável ao de uma Copa do Mundo. A torcida e a imprensa chilenas estão em polvorosa com a chance de a seleção ser campeã pela primeira vez em sua história – talvez a maior oportunidade que o país já teve. Afinal, joga em casa e conta com uma geração talentosíssima de jogadores, que vive seu auge sob o comando astuto do técnico Jorge Sampaoli.

"A única coisa que me passa pela cabeça é ser campeão", disse o zagueiro Gary Medel na véspera do confronto. "Comemorar com meu povo, minha família, jogar um bom futebol. Sinto-me muito orgulhoso. A pressão sempre vai existir, estamos acostumados a jogar assim, só temos que mostrar o que sabemos, não mudar o que estamos fazendo".

Vidal é o jogador-chave de um Chile que sufocou todos os adversários até aqui
Vidal é o jogador-chave de um Chile que sufocou todos os adversários até aqui
Foto: Marcelo Machado de Melo / LANCE!Press

E o que o Chile está fazendo é jogar um futebol técnico, rápido, ultraofensivo, de toques curtos e bola no chão. O estilo envolvente e sufocante da equipe de Sampaoli não se altera independente do adversário – mesmo que esse adversário seja o grande concorrente pelo posto de time mais dominante da competição.

Chile e Argentina, não à toa, aplicaram as maiores goleadas da Copa América (5 a 0 na Bolívia e 6 a 1 no Paraguai, respectivamente). Os dois times lideram as estatísticas de posse de bola, passes certos, finalizações e gols marcados. A Argentina, porém, chega como ligeira favorita não apenas por contar com Lionel Messi em grande forma, mas também pela sede de títulos comparável à dos chilenos – afinal, desde 1993 a seleção principal não sabe o que é um troféu.

Messi tem mais uma chance de ser campeão pela seleção principal da Argentina
Messi tem mais uma chance de ser campeão pela seleção principal da Argentina
Foto: Daniel Jayo / Getty Images

"Faz muitos anos que não se ganha nada, e toda a pressão é nossa", disse o atacante Sergio Agüero, artilheiro da Argentina com três gols. "Em dois anos, estivemos em duas finais, e agora temos a grande oportunidade de conquistar o objetivo. Não sei se é um costume (chegar a finais), mas tomara que seja sempre assim", brincou ele, que estava presente na derrota para a Alemanha na decisão da Copa do Mundo do ano passado.

Em dois times que têm o ataque avassalador como ponto forte, as principais dúvidas estão na defesa. No Chile, o substituto do suspenso Gonzalo Jara ainda não foi definido – o provável é que Francisco Silva seja o parceiro de Medel na zaga, entrando no lugar de Pepe Rojas. Também existe a possibilidade de Valdivia, um dos destaques da seleção, sair para que o time atue com três zagueiros, mas Sampaoli já indicou que isso não deve acontecer de início.

Argentina massacrou o Paraguai na semifinal e chega em alta à decisão
Argentina massacrou o Paraguai na semifinal e chega em alta à decisão
Foto: Hector Vivas / Getty Images

Pelos lados da Argentina, a única questão é médica. O zagueiro Garay se recupera de uma gastroenterite que o tirou da semifinal contra o Paraguai. O titular já treinou normalmente e deve estar pronto para a final, mas, caso não jogue, o experiente Demichelis está pronto para fazer parceria com Otamendi no centro da defesa.

Chile x Argentina será um confronto de craques, de treinadores idealistas, de propostas ousadas de jogo e das duas equipes que melhor representaram as qualidades do futebol sul-americano na competição. Independente do resultado, o certo é que a história será feita em Santiago, e um tabu de décadas será quebrado. Só resta saber se a alegria dos chilenos será estraçalhada, ou se é Messi quem novamente sairá de uma final pela Argentina de cabeça baixa.

Último decote? Peruana se despede com beijo para brasileiros:

Chile x Argentina

Local: Estádio Nacional, Santiago (Chile)

Data: sábado, 4 de julho de 2015

Horário: 17h (de Brasília)

Chile: Bravo; Isla, Medel, Silva e Beausejour; Díaz, Aránguiz, Vidal e Valdivia; Sánchez e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli

Argentina: Romero; Zabaleta, Garay (Demichelis), Otamendi e Rojo; Mascherano, Biglia e Pastore; Messi, Agüero e Di María. Técnico: Tata Martino

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)

Fonte: Terra
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