Veja 5 motivos para duvidar ou acreditar no título do Brasil
Você acredita ou duvida que a Seleção Brasileira vai ser campeã no Copa América? O time começará sua caminhada na competição neste domingo, contra o Peru, às 18h30 (de Brasília). Mas a caminhada será longa para o título, pois a competição está mais difícil que o normal. Ainda assim, o time tem pontos fortes e totais condições de ser campeão. Veja a lista abaixo e escolha o lado negro ou o lado verde e amarelo da força.
PARA OS OTIMISTAS:
Neymar
O camisa 10 da Seleção Brasileira nunca esteve tão bem na carreira. Fez uma temporada digna de ser apontado como um dos cinco melhores jogadores do mundo, conquistando Copa do Rei, Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões pelo Barcelona. Além disso, tem atuações e números incríveis pela Seleção - já é o quinto maior artilheiro da história do Brasil. O técnico Dunga deu a faixa de capitão e fez o time jogar melhor em torno de Neymar, já que agora ele tem mais espaço para armar as jogadas, cair pelas pontas ou entrar na área. Vai desequilibrar.
Boa fase e confiança
São dez vitórias em dez jogos após a Copa do Mundo, em partidas que não foram fáceis, como contra França e Argentina. É inegável que confiança faz muita diferença no futebol. E chegar na competição nessa boa fase com certeza pode ser um diferencial para o Brasil.
Defesa forte e experiente
Nas dez vitórias do Brasil a defesa foi vazada em apenas duas oportunidades, contra França e Chile. Miranda e David Luiz serão a zaga titular no início da Copa América, mas Thiago Silva pode entrar a qualquer momento e manter (ou aumentar?) o nível da dupla. Além disso, as laterais estão fortes, com jogadores experientes - Filipe Luis na esquerda e provavelmente Daniel Alves na direita.
Grupo fraco
A chave C da Copa América tem Peru, Venezuela e Colômbia. Os dois primeiros times têm evoluído nos últimos anos, mas ainda não têm nível para surpreender o Brasil. E a Colômbia até tem um time forte, mas não é nenhum "bicho-papão".
Retrospecto recente
Faça uma lista dos times mais fortes da Copa América. Provavelmente ela terá Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e México. Todos esses times foram batidos pelo Brasil nos últimos dois anos. O jogo mais distante foi contra o Uruguai, na Copa América de 2013. Já as outras quatro vitórias foram de setembro de 2014 para cá. Ou seja, os jogadores brasileiros conhecem bem seus principais adversários na Copa América e sabem como vencê-los.
PARA OS PESSIMISTAS
Neymardependência
Ainda que Dunga tenha trabalhado bastante para amenizar esse problema, é inegável que Neymar ainda é "meio time" do Brasil. Sem ele, falta um jogador diferenciado para que possa resolver jogos nos momentos mais difíceis. Os parceiros dele no ataque não possuem um nível técnico muito distante do atacante brasileiro.
Lesões
O técnico Dunga já teve oito problemas por causa de lesões em sua preparação para a Copa América: o titular Oscar nem pode ser convocado; Diego Alves, Luiz Gustavo e Danilo foram cortados; Elias, Robinho e Fernandinho já deram sustos e perderam treinos por lesões leves. E agora Philippe Coutinho se tornou um novo problema, na véspera da estreia do Brasil na competição.
Falta de torcida e carisma
O clima de Copa América ainda não está forte entre os brasileiros. Aparentemente, poucos viajaram até o Chile para acompanhar a Seleção. Em alguns lugares, é possível ver que os chilenos vão apoiar o time, mas apenas por causa de Neymar. Sem ele, a Seleção fica sem qualquer carisma ou atrativo para o público "neutro" que assistir aos jogos.
Escândalos
Dirigentes, técnico e jogadores juram que os escândalos recentes envolvendo a CBF não vão atrapalhar. Mas é difícil acreditar que tantos problemas não criam um clima de tensão no ambiente da Seleção. A partir deste domingo veremos se o time está mesmo focado apenas em jogar bola.
Peso do 7 a 1
Amistosos são apenas amistosos. O peso de uma competição, após o 7 a 1 contra a Alemanha, só vai ser percebido agora. No provável time titular de Dunga é fácil encontrar jogadores que estiveram na Copa de 2014, como David Luiz, Fernandinho e Willian, o que ainda pode gerar insegurança nos momentos mais difíceis.