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Copa América

Mauro Silva defende renovação liderada por Dunga: "suave"

24 jun 2015 - 14h53
(atualizado às 14h58)
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Mauro Silva teve de ralar para ser considerado um craque do futebol brasileiro. Nem mesmo depois de ganhar a Copa do Mundo em 1994 o volante teve vida fácil. Foram dez anos de Seleção, um título mundial e uma Copa América. Hoje, ele está a serviço da Seleção Brasileira como auxiliar do Dunga.

Há tempos o ex-jogador do Bragantino e do La Coruña não dava uma entrevista tão longa. Nesta quarta-feira, ele não fugiu de nenhum assunto e disse que aposta no espírito de grupo da Seleção para vencer a Copa América. “Tive a felicidade de ganhar títulos no Bragantino e no La Coruña, times pequenos, em que o grupo era mais importante. Mas nada pode se comparar ao título que se ganha na Seleção. Transmitir isso para os jogadores é fundamental”, disse Mauro.

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Com liberdade para opinar em tudo o que acontece, Mauro Silva afirmou que a renovação feita por Dunga é muito mais suave que a promovida por Falcão, no mesmo Chil, mas em 1991. “Falcão trouxe poucos jogadores da Copa de 90. Já Dunga mesclou mais. A geração que sofreu em 98 tem a chance de mudar a história”, disse, lembrando que a base vitoriosa de 94 foi feita em 90, e a base de 2002, feita em 98.

Mauro Silva fez uma análise das dificuldades por que passa a Seleção nesses tempos de Copa América e usou a Venezuela como exemplo de como as coisas mudaram: “o que a gente tinha antigamente eram seleção inferiores. Hoje a Venezuela tem dez, 12 jogadores em grandes times da Europa”, disse. “O Paraguai tem um time forte e acho que vai ser um jogo complicado. É preciso não sofrer gol. Mas a Seleção tem capacidade de ganhar mesmo sem Neymar e acho que vamos fazer o possível para passar de fase”, acrescentou.

Mauro Silva concedeu entrevista coletiva com Taffarel nesta quarta-feira
Mauro Silva concedeu entrevista coletiva com Taffarel nesta quarta-feira
Foto: André Reia / Terra

Sobre as provocações entre os jogadores, Mauro disse que é precisa mudar a chave. “Joguei cinco edições de Champions League onde não existe isso de rivalidade e provocação. Os jogadore vêm de lá com essa cabeça e aqui encontram um panorama distinto. O Brasil tem um futebol mais técnico e sofre nesse tipo de competição, que tem mais catimba, mais rivalidade. É isso ou pior que vamos enfrentar nas eliminatórias. A fórmula é sair em campo muito concentrado, mentalizado”, ensinou.

Mauro Silva foi tetracampeão mundial em 1994
Mauro Silva foi tetracampeão mundial em 1994
Foto: Shaun Botterill / Getty Images

Ainda sobre Copa América, Mauro Silva tocou no tema arbitragem e Neymar: “o importante é o arbitro conduzir bem os jogos. Proteger o talento. Coisa que não aconteceu com o Neymar. Muitas vezes, na América do Sul, o jogador provoca e o que a gente espera do árbitro é proteção”, disse. Apenas quando foi perguntado sobre sua opinião diante da atitude de Neymar, é que Mauro recuou: “esse é uma tema que comento apenas com o Gilmar e o Dunga”, declarou. 

Sobre uma possível perda de respeito ao Brasil por parte dos adversário, Mauro não tem dúvidas de que isso tem pouco influência: “esse respeito pode até influenciar algo. Mas quando o jogo começa, o adversário sente como o time está. As diferenças com as outras seleções diminuíram muito. A dificuldade é grande. O respeito tem significado pequeno. A atitude é que diz muito”, comentou.

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Fonte: Terra
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