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Copa Coca-Cola

Artilheiro de decisões, Müller brilhou por Bayern e Alemanha

21 nov 2012 - 07h50
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Ele foi sete vezes artilheiro do Campeonato Alemão, quatro da Liga dos Campeões, uma da Copa do Mundo. Pelo Bayern de Munique, marcou 447 gols em 451 jogos. Pela seleção da Alemanha, o feito é ainda mais impressionante, pois balançou as redes 68 vezes em 62 partidas. Definitivamente, não é por acaso que Gerd Müller é considerado um dos maiores goleadores de todos os tempos. Mais do que isso, ele era um especialista em brilhar em jogos decisivos.

O jovem Gerd Muller chuta forte para marcar, em 1967
O jovem Gerd Muller chuta forte para marcar, em 1967
Foto: Getty Images

O atacante começou a carreira em 1963 no modesto Nördingen 1861, que levava o nome de sua cidade natal. Em 32 partidas pela equipe que disputava a sétima divisão do Campeonato Alemão, Müller marcou nada menos do que 51 vezes. O desempenho quase sobrenatural chamou a atenção do Bayern de Munique, que na época disputava a Série B.

Logo na temporada de estreia, a jovem promessa mostrou o seu valor. Ele balançou as redes 43 vezes em 37 partidas e ajudou o time a obter o acesso. Com 1,74 m de altura e pernas curtas, o craque abusava de seu baixo centro de gravidade para infernizar os zagueiros. Seus rápidos movimentos muitas vezes levavam os marcadores ao chão. Dono também de um chute potente e preciso, ele passou a ser chamado pela imprensa de caubói, por causa de suas finalizações rápidas e certeiras.

Na primeira divisão, passou a jogar ao lado de duas jovens promessas que vinham da base do Bayern: o líbero Franz Beckenbauer e o goleiro Sepp Maier. Apesar das boas atuações, foi preterido pelo técnico da seleção da Alemanha na Copa de 1966, que não o levou por considerá-lo gordo e atarracado. Ele completou dizendo que seus gols eram fruto da sorte.

No Mundial seguinte, porém, Müller mostraria a todos o seu potencial, marcando dez gols em seis jogos. Ele também terminou o Campeonato Alemão com 38 gols, o que fez dele o maior artilheiro da Europa em 1970 e lhe rendeu a Bola de Ouro neste mesmo ano. Duas temporadas depois, ajudou seu país a vencer a Eurocopa, fazendo dois tentos na final contra a União Soviética.

A consagração viria na Copa do Mundo de 1974. Apesar de marcar apenas quatro vezes nesta edição, seu último gol foi o da virada sobre a Holanda de Cruyff na grande final, garantindo à Alemanha seu segundo título no torneio.

Neste mesmo ano, teve início a série de três conquistas consecutivas do Bayern na Liga dos Campões. Na final de 74, marcou duas vezes nos 4 a 0 sobre o Atlético de Madri. No ano seguinte, deixou sua marca na decisão contra o Leeds United. Em 1976, passou em branco no jogo derradeiro, mas marcou os três gols alemães diante do Real Madrid na semifinal.

Nas temporadas anteriores, o time bávaro abriu mão de disputar a Taça Intercontinental, mas em 76 aceitou enfrentar o Cruzeiro, que contava com Jairzinho. O craque alemão fez o seu na vitória por 2 a 0 em Munique, e o clube levou o troféu após empate sem gols no Mineirão. Nos anos seguintes o Bayern entraria em decadência, mas o artilheiro manteria o seu faro, mesmo veterano.

Em 1979 ele seguiu o exemplo de outros craques mundiais e se transferiu para o futebol dos Estados Unidos, onde jogou ao lado de George Best, Teófilo Cubillas e Elías Figueroa, encerrando a carreira em 1982. Depois de pendurar as chuteiras, montou um bar na Flórida e passou a sofrer com o alcoolismo.

Ajudado pelo ex-companheiro Beckenbauer, ele se internou em uma clínica de reabilitação e superou o vício. Hoje, é treinador das divisões de base do Bayern e sugue eternizado na memória do torcedor como sinônimo de gol.

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Fonte: PrimaPagina
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