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Copa Coca-Cola

De convidada a campeã, conheça a trajetória da 'Dinamáquina'

29 out 2012 - 07h34
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Quando a Dinamarca estreou na Eurocopa de 1992, ninguém apostava muita coisa nela, afinal, tratava-se de um país com pouca tradição no futebol, que havia ganhado a vaga na competição por conta da exclusão de outra seleção e ainda estava sem sua principal estrela. Mas os nórdicos surpreenderam a todos, e liderados pelo genial goleiro Peter Schmeichel faturaram a taça e constituíram uma equipe que entrou para a história com o nome de Dinamáquina.

Jogadores comemoram o segundo gol da final contra a Alemanha
Jogadores comemoram o segundo gol da final contra a Alemanha
Foto: Getty Images

Até 1986, o país jamais havia disputado uma Copa do Mundo. No entanto, logo na estreia os sete anos de trabalho do treinador Sepp Piontek à frente da seleção começaram a dar bons frutos e os dinamarqueses venceram a Escócia de Alex Fergunson por 1 a 0. Porém, o pior ainda estava por vir, pois os adversários seguintes seriam os tradicionais Uruguai e Alemanha.

No duelo diante dos sul-americanos, brilharam as estrelas do craque Michael Laudrup e do artilheiro Elkjaer Larsen, e os europeus conseguiram uma histórica goleada por 6 a 1. A Alemanha também sucumbiu diante da sensação do mundial, e perdeu por 2 a 0. Na fase eliminatória, porém, a falta da experiência da equipe pesou, e o país caiu diante da Espanha por 5 a 1.

Estava plantada, no entanto, uma semente que viria a germinar seis anos depois. Isso, porém, só foi possível graças a uma enorme coincidência. Nas eliminatórias para a Eurocopa, a Dinamarca foi eliminada pela Iugoslávia, mas o país perdeu a vaga por conta dos conflitos que resultariam na independência da Croácia.

Assim, os nórdicos foram chamados para ocupar o lugar, mas não contariam com sua principal estrela, pois Michael Laudrup deixou de ser convocado por conta de problemas com o técnico Moller Nielsen. Por outro lado, a linhagem Laudrup estava garantida no torneio pela presença do irmão mais novo Brian.

A ausência do craque, porém, foi sentida logo na estreia, quando o país não passou de um empate sem gols contra a Inglaterra. Na sequência, os dinamarqueses caíram por 1 a 0 diante da Suécia, que sediava o torneio. No entanto, uma combinação de resultados fez com que o país chegasse à partida derradeira com chances de classificação, mas precisaria vencer um adversário indigesto: a França de Papin e Cantona.

Crescendo na hora certa

Larsen colocou os nórdicos na frente logo aos 8min, mas Papin deixou tudo igual no começo da etapa final. No final do jogo, no entanto, Elstrup marcou e deu a improvável classificação para a Dinamarca, que na semifinal enfrentaria a então campeã europeia Holanda, que contava com Van Basten, Rijkaard, Koeman e Bergkamp.

Após um empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, brilhou a estrela do goleirão Peter Schmeichel, que pegou a cobrança de Van Basten e colocou os dinamarqueses na decisão diante da gigante Alemanha, então campeã mundial.

Um lindo chute de Jansen da entrada da área abriu o placar para a Dinamarca aos 18min. Na sequência, a Alemanha impôs uma forte pressão, mas parou nas importantes defesas do goleirão Schmeichel. Até que, aos 33min do segundo tempo, Viltort aproveitou uma confusão no meio de campo, conduziu a bola até a entrada da área e chutou para sacramentar o título da seleção convidada sobre o bicho-papão do torneio.

Apesar da conquista, a Dinamarca ficaria de fora da Copa do Mundo de 1994 e cairia na primeira fase da Eurocopa seguinte. O mundial da França, porém, veria o último suspiro da Dinamáquina, que contando com os irmãos Laudrup e Schmeichel no elenco, avançaram até as quartas de final e fizeram um dos melhores jogos da Copa contra o Brasil, mas acabaram eliminados por 3 a 2.

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Fonte: PrimaPagina
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