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Veja a trajetória de Beckenbauer, maior líbero do futebol

31 out 2012 - 07h30
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O Kaiser fez por onde ganhar o apelido -imperador, em alemão. Franz Beckenbauer atuava em uma posição na qual poucos atletas conseguiram entrar para o panteão dos grandes do futebol. Era líbero, jogador que atua atrás da linha da defesa, partindo com frequência para o ataque. Entretanto, graças à sua habilidade e visão de jogo, é comparado a atletas que ficavam mais à frente, como Pelé, Maradona, Di Stefano, Cruyff, Zidane, Platini, entre outros.

Foi o capitão Beckenbauer quem ergueu a taça da Copa do Mundo de 1974
Foi o capitão Beckenbauer quem ergueu a taça da Copa do Mundo de 1974
Foto: Getty Images

Após encerrar a carreira, virou um dirigente de destaque no cenário mundial. Por exemplo, foi superintendente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. O Mundial foi um sucesso. Também reconduziu o Bayern de Munique, clube do qual ainda é presidente, ao ressurgimento no cenário mundial. Como jogador, foi tricampeão da Copa dos Campeões da Europa, em 1974, 75 e 76. Como dirigente, levou o time à final de 1999 e ao título de 2001, o único fora a tríplice coroa dos anos 70. Em 2012, mais uma vez viu sua equipe chegar à final, desta vez em casa, em que foi derrotada pelo Chelsea, nos pênaltis.

É impossível dissociar a história de Beckenbauer à do próprio clube alemão. Foi revelado pelo Bayern de Munique em 1964, aos 19 anos. Àquela época, a equipe da Baviera vivia um momento tenebroso. O único título nacional havia sido conquistado no longínquo ano de 1932. Em contrapartida, o arquirrival Munique 1860 vinha do título alemão.

Logo em 1966, conduziu o Bayern à Copa da Alemanha, o segundo troféu mais importante do país. As atuações o levaram, com apenas 21 anos, à titularidade da seleção da Alemanha Ocidental na Copa de 1966, na Inglaterra.

O jogador foi fundamental na campanha do vice-campeonato. Marcou um golaço contra a Suíça, na estreia, em que driblou meio time adversário. O Mundo descobria o Kaiser. Na final, uma derrota por 4 a 2 para os donos da casa não foi o suficiente para apagar a campanha da renovada seleção.

Em 1967, Beckenbauer capitaneou o então modesto Bayern de Munique ao título da Recopa da Europa, a primeira conquista internacional do clube. Mas a dinastia ainda estava por vir. Dois anos depois, viria o segundo título do Campeonato Alemão na história do clube.

Ao lados dos companheiros de equipe Gerd Muller e Sepp Maier, foi à Copa do México. Uma das atitudes de Beckenbauer marcou a história dos Mundiais. Na semifinal, contra a Itália, quebrou a clavícula durante a partida. Jogou o restante da partida com o braço na tipoia. Mesmo assim, protagonizou o duelo, que terminou em épicos 4 a 3 para a Azzurra, no que ainda é considerado o maior confronto entre seleções de todos os tempos.

De volta para casa, conduziu o Bayern de Munique ao título nacional de 1971. O time começou a ganhar troféus e tornou-se protagonista no continente. Sob sua batuta, pela primeira vez um clube alemão levantou a Copa dos Campeões, em 1974. Foi o prelúdio do tricampeonato continental, mas, sobretudo, anunciou a grande vitória do futebol alemão: a Copa do Mundo sediada em casa, em 1974.

Na final, contra a super favorita Holanda, comandou a Alemanha à virada e ao bicampeonato mundial. Coube a ele a honra de levantar a taça perante mais de 70 mil torcedores enlouquecidos no estádio Olímpico de Munique.

A Europa ficou pequena para o Kaiser, que resolveu se aventurar no incipiente futebol dos Estados Unidos. Foi para o Cosmos, de Nova York, que havia montado uma verdadeira constelação. Em 1980, resolveu voltar à Alemanha, de olho na disputa da Copa da Espanha. Escolheu o Hamburgo, então principal rival do Bayern de Munique. Levou o time ao título nacional em 1982. Mas suas atuações não foram suficientes para convencer o técnico Jupp Dervall a levá-lo à Espanha. Chateado, voltou ao Cosmos para mais uma temporada antes de encerrar a carreira.

Fora dos campos, mas à beira deles. Tão logo abandonou a carreira de jogador, assumiu a de treinador. Em 1984, foi convidado a assumir a seleção alemã. Aceitou e chegou a duas finais de Copa do Mundo. Perdeu a de 1986 para a Argentina, mas deu o troco sobre a rival em 1990, se tonando, ao lado de Zagallo, o único homem a ter ganho o Mundial como treinador e jogador.

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Fonte: PrimaPagina
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