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Terra na Copa

Amistoso na Bolívia deixa Kevin de lado e tem Seleção em ritmo lento

6 abr 2013 - 19h37
(atualizado às 20h06)
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<p>Após o primeiro gol, brasileiros viram diferença técnica e jogaram mais relaxados contra Bolívia</p>
Após o primeiro gol, brasileiros viram diferença técnica e jogaram mais relaxados contra Bolívia
Foto: Reuters

Longe, muito longe de uma partida para homenagear a morte de Kevin Espada. O amistoso em Santa Cruz de la Sierra, neste sábado, teve vitória de 4 a 0 do Brasil sobre a Bolívia e um certo desdém dos organizadores em relação ao jovem de 14 anos, morto há pouco mais de 40 dias, em encontro de Corinthians e San José-BOL, em Oruro. Evo Morales, presidente boliviano, acompanhou a partida das tribunas.

Até mesmo o minuto de silêncio realizado antes de a bola rolar teve outro motivo: uma morte, mas do ex-presidente da Federação Boliviana. Os jogadores campeões da Copa América de 63 ainda vivos também foram homenageados diante de um longo discurso nos alto-falantes. Houve música, festa com Ronaldinho e Neymar, mas nenhuma menção a Kevin.

Conhecido como o presidente mais esportista da América do Sul e reconhecidamente um fã de futebol, Evo Morales e os organizadores aproveitaram a ocasião para convocar a imprensa no intervalo para fazer um anúncio: incentivos financeiros para Oriente Petrolero e Blooming, ambos de Santa Cruz de la Sierra. Só mesmo depois de questionamentos de jornalistas brasileiros, Evo abordou a morte de Kevin. Declarou solidariedade e lembrou que não pode intervir no poder Judiciário.

Apesar do entusiasmo dos torcedores, muitos deles brasileiros residentes na Bolívia, a Seleção Brasileira atuou sem grande envolvimento diante da fragilidade do adversário sem o aliado da altitude, já que Santa Cruz de la Sierra fica ao nível do mar. Aos 3min, Jadson serviu Jean, que cruzou na medida para Leandro Damião. Ao notar a diferença técnica, a impressão é que os jogadores brasileiros relaxaram.

Neymar, que seria substituído no intervalo, marcou o segundo – com passe de Ronaldinho –, e o terceiro, após assistência de Jadson. Esboçou algumas firulas e lances de efeito, ficou no vestiário e de lá acompanhou a uma etapa complementar morna. Dos reservas, só Douglas Santos e Matheus Vidotto não foram acionados, e Felipão parecia inquieto pelo comportamento do time. No último lance, Leandro, do Palmeiras, fez o quarto. Evo Morales, nos camarotes, celebrou como se fosse da Bolívia.

Fonte: Terra
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