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Copa das Confederações

Blatter faz ressalva sobre protestos, mas elogia Copa das Confederações

1 jul 2013 - 16h22
(atualizado às 17h06)
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, considerou nesta segunda-feira que a Copa das Confederações, encerrado no domingo com a vitória do Brasil sobre a Espanha por 3 a 0, foi um sucesso, embora tenha feito ressalvas em relação aos protestos que vêm acontecendo país afora.

"Quando a competição teve início, havia incerteza sobre o que viria a acontecer por toda a inquietação social, mas chegamos conclusão, ao ver os resultados e tudo o que foi o torneio, que tivemos êxito", avaliou.

Como já havia feito durante o torneio, Blatter voltou a desvincular a Fifa dos protestos. Segundo ele, trata-se de um assunto que cabe apenas ao Governo brasileiro e no qual a entidade não se envolverá.

"Não discutirei problemas internos que o país está enfrentando. É um assunto interno, não temos nada a ver com isso. O que já disse e repito é que o futebol conecta pessoas, e nós conseguimos conectar pessoas dentro e fora do estádio", afirmou o dirigente, que não quis dar uma nota, mas aprovou a organização da Copa das Confederações.

"Quando estamos na universidade estudando, precisamos na conclusão do curso obter nota 8 para receber a graduação. Não sei qual seria a nota do Brasil, mas diria que o país se formará no ano que vem", resumiu.

Por sua vez, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, considerou que o país correspondeu às expectativas após ter recebido muitas cobranças por parte da Fifa.

"Fomos cobrados de diversas maneiras e em diversos setores, mas creio que cumprimos esse desafio. É claro que em nenhum país do mundo esses desafios são cumpridos 100%, mas conseguimos corresponder", comentou o ministro.

"Problemas naturalmente surgem. Não somos um país perfeito, somos um país em construção com orgulho de sua trajetória e de pessoas trabalhadoras", acrescentou Rebelo, que deu ênfase à questão da segurança em meio aos protestos.

"Em meio a batalhas nas ruas, com pessoas lutando por seus direitos, conseguimos oferecer segurança a manifestantes, torcedores, jornalistas e delegações. Creio que ninguém tenha sido molestado pelos protestos. Os excessos foram enfrentados como deveria. Aprendemos a antecipar problemas e soluções", destacou.

Por fim, o ministro defendeu o investimento feito para a realização de grandes eventos esportivos no país. Segundo ele, é preciso desassociar o que é gasto com Copa e Jogos Olímpicos do orçamento de outras áreas.

"Nós já dissemos, não há dinheiro federal em construção estádio. Há recursos através de incentivos ou empréstimos. É preciso lembrar que neste ano o orçamento para saúde e educação é de R$ 190 bilhões, e o orçamento para esporte, incluindo aí Copa do Mundo e Olimpíada, não passa de R$ 2 bilhões. Então, não há desvio de verba de saúde ou educação para isso. O que há é subsídio, mas há em diversas áreas, inclusive para a imprensa", justificou.

EFE   
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