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Copa das Confederações

Brasil e Uruguai escreverão no Mineirão novo capítulo de histórica rivalidade

25 jun 2013 - 11h25
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Duelo de quase 97 anos, Brasil e Uruguai, entrarão em campo nesta quarta-feira, no Mineirão, para mais um capítulo a parte de uma história cheia de grandes momentos: os jogos em território brasileiro, que obviamente fazem voltar à memória a final da Copa do Mundo de 1950, o famoso 'Maracanazo'.

O encontro de amanhã é válido pelas semifinais da Copa das Confederações. De um lado, os pentacampeões mundiais querem fazer bonito diante da torcida, depois de três vitórias na primeira fase. Os adversários, por outro lado, perderam para a Espanha, avançaram em segundo e agora querem voltar a tirar o sorriso do rosto dos brasileiros.

Este será o 31º duelo disputado no Brasil. A vantagem dos donos da casa é esmagadora, com 20 vitórias. Além disso, ocorreram sete empates e três vitórias celestes. Dois êxitos uruguaios, no entanto, foram emblemáticos: a vitória por 2 a 1 em 50, e o mesmo placar no Mundialito de 1980.

Menos lembradas, também aconteceram vitórias brasileiras importantes como o 1 a 0 na final da Copa América de 1989. Quatro anos depois houve repetição de placar, em partida que selou a classificação para a Copa do Mundo de 1994. Coincidentemente os dois jogos foram no Maracanã, ambos decididos com gol de Romário.

A única vez em que as duas seleções sul-americanas duelaram no Mineirão aconteceu em 1965. Em amistoso, o Brasil jogou representado pelo time do Palmeiras e venceu por 3 a 0, com gols de Tupãzinho, Ademir da Guia e Rinaldo.

Ambos os lados garantem que o passado não influi no presente e que o momento é distinto. Ainda assim, coube a Luiz Felipe Scolari exaltar o Uruguai. Na entrevista coletiva realizada logo após a vitória sobre a Itália, no sábado, o técnico garantiu que seus olheiros previam um duelo complicado contra os atuais campeões da Copa América.

O experiente goleiro Julio César também admitiu, em entrevista coletiva que não haverá vida fácil contra os uruguaios. O principal destaque do rival para o jogador do Queens Park Rangers é o setor ofensivo.

"O Cavani, Suárez e o Forlán, este com quem tive a oportunidade de jogar no Internazionale, são três grandes atacantes, que merecem um cuidado especial. Qualquer um dos três pode decidir um jogo a qualquer momento", disse.

Para o duelo de amanhã, a seleção brasileira deverá voltar a ter o time do amistoso contra a França, e das vitórias contra Japão e México pela Copa das Confederações. Recuperado, Paulinho vem treinando normalmente e provavelmente ganhará a vaga que foi de Hernanes contra os italianos.

A maior preocupação para o jogo é quanto ao estado físico de Bernard. O jovem meia-atacante do Atlético Mineiro estreou na competição na última partida, mas em treino realizado nesta segunda-feira, se chocou com Filipe Luís e saiu da atividade com dores no pé direito.

Querendo manter o status de "estraga prazeres" do futebol brasileiro, o Uruguai pode ter uma vantagem física no confronto. Afinal, se no sábado os donos da casa fizeram jogo com cara de decisão contra os italianos, a Celeste teve duelo tranquilo no domingo diante dos taitianos, com equipe recheada de reservas.

Entre os que não começaram jogando contra os campeões da Oceania, goleados por 8 a 0, estão o goleiro Fernando Muslera, o zagueiro Diego Lugano, e trio Forlán, Suárez e Cavani. O atacante do Liverpool até entrou no fim do jogo, tendo tempo para marcar duas vezes.

O único desfalque será o zagueiro reserva Andrés Scotti, que foi expulso contra o Taiti. Sem problemas para se preocupar, o técnico Óscar Tabárez mostrou respeito pelos donos da casa, mas também deixou claro que não se intimidará no Mineirão.

"O Brasil é uma grande equipe e joga em casa, mas nosso elenco já sabe o que é enfrentar as seleções dos países-sede", garantiu o comandante, lembrando de um retrospecto positivo a favor da Celeste. Nas três competições oficiais em que comandou a seleção uruguaia, Tabárez sempre levou a melhor sobre o país-sede.

Foi assim na Copa América de 2007, quando venceu a Venezuela nas quartas de final, na Copa do Mundo de 2010, com a vitória sobre a África do Sul na primeira fase, e em 2011, de novo nas quartas de final da Copa América, eliminando a Argentina nos pênaltis.

Fora de campo, há a possibilidade de mais uma manifestação no entorno do Mineirão, como aconteceu nos dois jogos disputados na capital mineira. Belo Horizonte foi palco dos mais violentos confrontos, que se estenderam por diversas ruas da região.

Além de Brasil e Uruguai, Espanha e Itália duelam por um lugar na decisão. As duas seleções duelarão na quinta-feira, no Castelão. Os perdedores disputarão o terceiro lugar na Arena Fonte Nova. Já os vencedores decidem o título no Maracanã. Os dois jogos serão no domingo.

Prováveis escalações:

Brasil: Julio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Uruguai: Muslera; Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Arévalo Ríos, Pérez, González e Forlán, Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

Árbitro: Enrique Osses (Chile), auxiliado pelos compatriotas Carlos Astroza e Sergio Román.

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte.

EFE   
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