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Copa das Confederações

Caveirão vira ponto turístico e de protestos no entorno do Maracanã

30 jun 2013 - 14h55
(atualizado às 14h55)
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Dentro do esquema de segurança para o jogo entre Brasil e Espanha pela final da Copa das Confederações, a polícia militar colocou um "caveirão" na esquina da avenida Maracanã com a rua Professor Eurico Rabelo, em frente ao Estádio Maracanã. O veículo de apoio tático da corporação, muito usado em operações dentro das favelas cariocas, chamou atenção dos torcedores que chegam para a partida.

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Encorajados por policiais mais amistosos, alguns chegaram até a subir nos degraus laterais e traseiros do veículo para dar uma espiadinha no interior. A maioria, no entanto, se contentou apenas em passar os olhos na parte externa e posar para fotos ao lado do caveirão.

"É diferente, né?! Nunca tinha visto um caveirão desses ao vivo. A gente vê na TV e até no filme Tropa de Elite. Nunca vai imaginar que vai encontrar um no meio da rua", disse a nutricionista Maria Cecília Cunha, que veio do Rio Grande do Sul para assistir a partida no Maracanã e se impressionou com a quantidade de policiais - são 11 mil agentes em todo o esquema de segurança. "Tem muitos, né?! A gente optou até por vir cedo para evitar qualquer confusão. Esse aparato todo realmente impressiona. Espero que não haja problema."

Embora a polícia faça uma grande inspeção nos bloqueios armados no entorno do estádio para evitar a entrada de grupos de manifestantes, alguns poucos até conseguem furar o esquema. Foi o caso de três servidores do Estado do Rio de Janeiro, que posaram ao lado do caveirão com uma faixa contra a destruição do hospital do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj).

Os servidores temem que o terreno seja utilizado para construção de um estacionamento de auxílio da organização da Copa do Mundo do próximo ano. "Se fosse para construir uma nova unidade de atendimento do SUS tudo bem. Mas acabaram com 500 leitos e deixaram 44 especialidades médicas fragilizadas, sem contar as 15 pessoas que acabaram morrendo em decorrência da remoção dos pacientes do hospital durante uma madrugada do ano passado", reclamou a presidente da associação dos funcionários do Iaserj, Marilea Ormondi.

O governo pretende ampliar uma unidade do Instituto do Câncer (Inca) que existe na Praça da Cruz Vermelha, no centro. Já existe um projeto pronto, mas a construção ainda não começou, embora o antigo hospital do Iaserj já tenha sido destruído. "O Inca já tem um hospital ali, outro em frente à rodoviária, outro na Vila Isabel. Precisa de mais um? E vai diminuir o auxílio ao SUS pra isso? Isso sim é vandalismo", disse Marilea.

Fonte: Terra
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