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Copa das Confederações

Clima e viagens não servem como desculpas no Brasil, diz Gérard Houllier

16 jun 2013 - 12h58
(atualizado às 13h19)
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As longas viagens ou mesmo o clima tropical do Brasil não poderão servir de desculpas para maus resultados durante a Copa das Confederações, que começou neste sábado, e a Copa do Mundo do ano que vem, pelo menos na opinião do técnico francês Gérard Houllier, que atualmente compõe o Grupo de Estudos Técnicos da Fifa (TSG).

Durante a apresentação do trabalho que está sendo feito pelo TSG durante a Copa das Confederações, ocorrida neste domingo em entrevista coletiva no Maracanã, Houllier apontou a forma como as equipes deverão jogar em território brasileiro.

"Quando se joga com clima quente, é preciso fazê-lo de maneira mais segura, com a bola no pé. Brasil e Espanha, por exemplo, estão acostumados a jogar dessa forma, mas para os europeus será um desafio", comentou o treinador, que dirigiu equipes como Paris Saint-Germain, Lyon e Liverpool, pelo qual foi campeão da Copa da Uefa em 2001.

"As condições climáticas definem o ritmo de um jogo, principalmente nos últimos minutos. Quem tiver mais bem preparado pode decidir um jogo no fim, e isso pode ajudar a seleção brasileira com um contra-ataque rápido, como aconteceu ontem", completou.

Sobre as longas viagens, Houllier lembrou que essa condição não é exclusiva de um torneio no Brasil e citou como exemplo a Copa de 1994, disputada nos Estados Unidos.

"Viajar muito não tem tanta influência como se diz por aí. Nos Estados Unidos, o Brasil vajou muito e foi campeão. Não é como na primeira Copa, hoje os meios de transporte são rápidos e as seleções têm aviões particulares. E também é preciso lembrar que as condições são as mesmas para todas as seleções", destacou.

A apresentação do trabalho do TSG teve as presenças do chefe de imprensa da Fifa, Pekka Odriozola, do ex-jogador e ex-técnico suíço Jean-Paul Brigger, do gerente de comunicação do Comitê Organizador da Copa, Saint-Clair Milesi, e do ex-lateral Cafu. O capitão da seleção no título mundial de 2002 fez elogios ao dono da braçadeira atualmente, o zagueiro Thiago Silva.

"O Thiago tem um estilo parecido com o meu. Não é de reclamar com todo mundo e escancarar os problemas para o adversário. Na conversa, ele ganhará o grupo, como já está acontecendo", comparou.

Cafu também falou sobre a mudança no comando da seleção, ocorrido no fim do ano passado, quando Mano Menezes foi substituído por Luiz Felipe Scolari. Para ele, Mano foi sacado num momento em que ia bem, mas evitou criticar a volta de seu treinador na conquista do penta.

"O Mano vinha fazendo um bom trabalho. Durante dois anos e meio, se preocupou em encontrar o grupo de jogadores ideal e o esquema ideal. Mas quando encontrou o time, ele acabou saindo. O Felipão assumiu, e ele tem um estilo diferente, mas no fim das contas o que valerá serão os resultados", analisou.

EFE   
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