De rebaixado a campeão, Felipão light encerra jejum com velhas armas
Coincidências com 2002 marcaram gestão de Luiz Felipe Scolari na volta, por ora vitoriosa, à Seleção. Foi ainda seu primeiro grande título desde a Copa
Deixar um jogador importante de fora como mensagem aos demais. Convocar um jovem de surpresa para projetar o futuro. Dividir responsabilidades com um coordenador técnico experiente. Na ausência de um líder destacado, eleger vários capitães. Apostar em seus maiores talentos até o fim.
Luiz Felipe Scolari e seus mesmos escudeiros, como se vê, apostaram na base de uma receita pronta, campeã do mundo em 2002, para levar a Seleção Brasileira ao título da Copa das Confederações. De novo com o auxiliar Murtosa, o preparador Paulo Paixão, o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o médico José Luís Runco. Felipão, ainda que favorecido pelas vitórias se reapresentou ao Brasil de versão mais light. Paciente, dócil em vários momentos e astuto no trato com os jornalistas que tantos problemas a ele causou no passado.
Por exemplo, exatamente em seu último trabalho. De volta ao Palmeiras em 2010, Felipão teve aproximadamente dois anos de um comando que não deu liga nem resultados expressivos em um clube efervescente e mal administrado. Teve desentendimentos com jogadores do elenco, em especial Kleber, e inaptidão para gerir a euforia pelo título da Copa do Brasil. À sua saída se somou o rebaixamento à Série B com Gílson Kleina, mas ainda o convite para voltar à Seleção.
Até onde consta, diferentemente do que fez em 2000, quando disse não para dizer sim no ano seguinte, Luiz Felipe Scolari aceitou o convite logo de cara. Chegou até a Copa das Confederações sob desconfiança e com o retrospecto de não bater um adversário relevante, o que ocorreu contra a França. E nos cinco jogos que levaram a Seleção ao título da Copa das Confederações.
Neste caminho, ele abdicou de Ronaldinho, como havia abdicado de Romário. Kaká, outro descartado, era o jovem de 2002, condição que fica com Bernard. Antônio Lopes, hoje, é Carlos Alberto Parreira. Os líderes que eram Cafu, Ronaldo, Rivaldo, Roque Júnior e Roberto Carlos, hoje, são Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva e Fred. Os talentos que superaram dúvidas, antes Rivaldo e Ronaldo, agora são Fred e Neymar.
Este último, por sinal, merece uma consideração especial. Felipão entregou a camisa 10 a seu jogador mais especial, permitiu que fosse a Barcelona em meio à preparação e resistiu a questionamentos pelos gols que faltavam. Neymar, pouco a pouco, foi recuperado por desgastes físicos e psicológicos e focou exclusivamente o futebol. Chegou à final inteiro, como o chefe queria, e decidiu.
A Copa das Confederações coincidiu (não por acaso) com uma das maiores mobilizações sociais na história do Brasil. Os protestos, que se espalharam por várias cidades, chegaram também às arquibancadas dos estádios-sede da competição, com críticas à Fifa e aos gastos exagerados com as obras. Navegue pela galeria e confira algumas reinvindicações de torcedores durante as partidas
Foto: AP
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: Getty Images
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: AFP
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: Bruno Santos / Terra
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: Bruno Santos / Terra
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: Reuters
Fortaleza, 27 de junho: Espanha x Itália
Foto: Bruno Santos / Terra
Belo Horizonte, 26 de junho: Brasil x Uruguai
Foto: AP
Fortaleza, 23 de junho: Nigéria x Espanha
Foto: AP
Fortaleza, 23 de junho: Nigéria x Espanha
Foto: AP
Salvador, 22 de junho: Itália x Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Salvador, 22 de junho: Itália x Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Salvador, 22 de junho: Itália x Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Salvador, 22 de junho: Itália x Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Rio de Janeiro, 20 de junho: Espanha x Taiti
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Rio de Janeiro, 20 de junho: Espanha x Taiti
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Rio de Janeiro, 20 de junho: Espanha x Taiti
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Rio de Janeiro, 20 de junho: Espanha x Taiti
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Rio de Janeiro, 20 de junho: Espanha x Taiti
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Salvador, 20 de junho: Nigéria x Uruguai
Foto: EFE
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Terra
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: EFE
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Reuters
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Reuters
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Getty Images
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Getty Images
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fortaleza, 19 de junho: Brasil x México
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Brasília, 15 de junho: Brasil x Japão
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Compartilhar
Publicidade
<a data-cke-saved-href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/fanny-shakira/iframe.htm" href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/fanny-shakira/iframe.htm">veja o infográfico</a>