PUBLICIDADE

Copa das Confederações

Espanha deixa Brasil insatisfeita com Fifa e preocupada com Copa de 2014

1 jul 2013 - 20h04
(atualizado às 23h49)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Fernando Torres criticou principalmente&nbsp;clima e instala&ccedil;&otilde;es no Brasil</p>
Fernando Torres criticou principalmente clima e instalações no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A seleção espanhola retornou a seu país após a Copa das Confederações insatisfeita com a Fifa por ter sido impedida de estabelecer base em uma única cidade, por não ter podido viajar imediatamente após os jogos e por ter ficado hospedada em hotéis de menor qualidade do que os que alegou estar acostumada, o que se junta à sua surpresa com as manifestações no Brasil.

A entidade não permitiu que a Espanha escolhesse uma sede fixa, ao contrário do habitual em grandes competições, fazendo com que se deslocasse bastante para atuar em outras cidades durante o torneio.

Membros da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) já pensaram em várias alternativas nos últimos 11 meses e gostaram da opção de ficar no Rio de Janeiro para a Copa. A Espanha sofreu em Recife e Fortaleza, onde os jogadores se sentiram reclusos devido à falta de segurança e ficaram em hotéis de nível médio, com instalações antigas e muito longe do nível dos que costumam visitar neste tipo de competição.

Em seus primeiros passos na Copa das Confederações, no Recife, os atletas espanhóis chegaram a treinar sem poder tomar banho depois e ainda tiveram uma hora de trânsito até o hotel. As longas distâncias foram motivo de queixa.

Na capital pernambucana, dois treinamentos do Uruguai foram cancelados, o primeiro por falta de luz e o segundo por dificuldades de acesso ao local da atividade devido à chuva. Além disso, seis jogadores espanhóis se disseram vítimas de furtos em seus quartos e teriam perdido mil euros, que estavam em envelopes fora de um cofre.

O calor do Nordeste também foi visto como um problema. Temperaturas superiores a 30 graus nos primeiros dias de inverno provocaram cansaço. Nessas condições, foram disputadas na região a última partida da fase de grupos, contra a Nigéria, e as semifinais, diante da Itália.

"Foi complicado para todos, pelo clima e pelas instalações. Para a Copa do Mundo, dependeremos da sorte para saber a cidade para onde iremos. É preciso pensar no sorteio da Copa, já que ele pode fazer a diferença", disse Fernando Torres.

"Já sabemos o que vamos encontrar: deslocamentos gigantescos para treinar e condições abaixo do esperado", acrescentou.

Além disso, a Fifa impediu a Espanha de viajar após seus jogos, o que permitiria aos atletas algumas horas de sono. Mesmo se dispondo a assumir os custos do transporte, a RFEF teve seu pedido negado, e a delegação se deslocava apenas no dia seguinte às partidas. A Espanha também não soube até em cima da hora se poderia reconhecer o gramado do Maracanã na véspera da final da Copa das Confederações.

"Temos que nos adaptar às condições e aceitar a realidade sem pedir mais do que nos oferecem. A Copa do Mundo será igual para todas as seleções. Não somos crianças mimadas e não vamos chorar exigindo as coisas. Viemos para jogar com as condições existentes para todos. É a Fifa que deve decidir a hora de se tomar as decisões", declarou Sergio Ramos.

Apesar de terem encontrado uma torcida contrária, os membros da seleção da Espanha nunca se queixaram e agradeceram o carinho com o qual foram tratados no país.

Um ponto a favor considerado pela seleção espanhola foi o estado dos gramados, que estavam cortados com 22 centímetros de altura, como determina o padrão Fifa.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade