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Copa das Confederações

Felipão chega a 10 jogos no retorno: veja “buracos” a tapar na Seleção

24 jun 2013 - 17h40
(atualizado às 17h43)
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<p>Luiz Felipe Scolari terá dois treinamentos antes de enfrentar o Uruguai na próxima quarta em Belo Horizonte</p>
Luiz Felipe Scolari terá dois treinamentos antes de enfrentar o Uruguai na próxima quarta em Belo Horizonte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O total de 10 partidas no cargo e a iminência da semifinal da Copa das Confederações sugere uma avaliação: em qual estágio está a Seleção Brasileira desde o retorno de Luiz Felipe Scolari, que estreou no início do ano? Ao todo, Felipão teve uma derrota, quatro empates e cinco vitórias, sendo quatro dentro da atual sequência. Sua equipe mostrou evolução, mas ainda deixa algumas dúvidas.

Presente no estádio em todos os jogos da era Felipão, o Terra lista buracos a se tapar na equipe de Felipão, única ao lado da Espanha com 100% de aproveitamento. Confira a relação abaixo: 

A displicência defensiva de Marcelo

Diante do México e principalmente Itália, a Seleção Brasileira evidenciou seu setor mais vulnerável. As costas de Marcelo foram bem exploradas pelo mexicano Mier e pelo italiano Giaccherini, jogadores de pouco relevo internacional e que, ainda assim, criaram perigo. Os dois gols da Itália, por sinal, surgiram de lances pelo lado esquerdo da defesa do Brasil.

A falta de envolvimento de Fred com a equipe

Com dois gols marcados diante da Itália, Fred enfim marcou na Copa das Confederações, mas ainda mantém um jejum secundário na competição. Em mais de 250 minutos em campo, não roubou nenhuma bola. Embora não seja sua função principal, tais índices são impensáveis no atual futebol de alto nível. Fred tem média de 14 passes por jogo, média considerada baixa e que denota seu baixo envolvimento.

<p>Liberdade a Neymar faz Felipão se esforçar para ajustar o sistema de marcação no meio</p>
Liberdade a Neymar faz Felipão se esforçar para ajustar o sistema de marcação no meio
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O buraco defensivo causado por Neymar

Há um motivo implícito para Neymar, por vários momentos, atuar na faixa central, e não na ponta esquerda, seu habitat natural. Felipão prefere guarnecer os lados do campo com a marcação mais dedicada de Oscar e Hulk, o que dá mais proteção aos volantes. Por sua vez, quando pelo centro, Neymar fica mais preso aos marcadores rivais e tem pouco espaço para criar.

A falta de ritmo e plena confiança em Réver, Jean e Jadson

Não acionados por Felipão em nenhum dos últimos cinco jogos, a exemplo dos goleiros reservas, Réver, Jean e Jadson têm desempenho discreto em treinamentos, sobretudo os dois últimos. O trio foi convocado por Felipão com base em seu bom rendimento nos amistosos “caseiros” contra Chile e Bolívia, mas desde então não vestiu mais a camisa da Seleção. Felipão, porém, tem por hábito o esforço de incluir todos na competição, como fez na Copa 2002.

A subutilização de Lucas, xodó da torcida

Aclamado pelos torcedores em todos os jogos da Seleção, de Fortaleza a Porto Alegre, Lucas ainda não teve seu grande momento com a equipe, mesmo nos tempos de Mano Menezes. Na Copa das Confederações, esteve em campo por 30 minutos dos 270 da Seleção, e não conseguiu justificar o apelo que parte das arquibancadas.

Felipão só tem dois esquemas táticos

O treinador é adepto do 4-2-3-1 e assim arrumou a equipe em todos os 10 jogos de 2013. Durante o período com os jogadores para a Copa das Confederações, aperfeiçoou apenas uma alternativa, no 4-3-3 com três volantes no meio. Nos três compromissos da competição, trocou o desenho tático do time para ganhar em marcação. Resta saber como irá reagir se, por algum momento, a Seleção precisar buscar um placar adverso.

<p>Hulk ainda não fez gols sob o comando do atual treinador</p>
Hulk ainda não fez gols sob o comando do atual treinador
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A falta de gols de Hulk

Hulk se viu livre das vaias durante a Copa das Confederações, mas não superou o jejum de gols. Escalado onde rende mais, a ponta direita, viu seu período sem marcar chegar a mais de oito meses. Assim, não convence o público plenamente. O calendário da Seleção aponta para torcidas mais exigentes, como de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, em caso de ida à final. No Rio, Hulk foi vaiado recentemente contra a Inglaterra.

A dúvida que só poderá ser desfeita em uma eventual final

A Seleção Brasileira de Felipão buscou adversários duros no primeiro semestre e também foi colocada diante deles graças ao sorteio da Copa das Confederações. Ainda assim, Inglaterra, França e mais recentemente a Itália, jogaram com desfalques significativos. Felipão ainda espera, possivelmente, um jogo de exigência máxima. Pode ser a final do próximo dia 30, no Maracanã, contra a Espanha.

Fonte: Terra
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