Fifa: tecnologia da linha do gol vai demorar a chegar para todos
Entidade não definiu regras para utilização da tecnologia em partidas que não sejam administradas por ela
A tecnologia da linha do gol pode parecer uma grande conquista do futebol com suas regras rígidas diante dos tempos modernos. Mas essa evolução, depois de testada em vários países e até mesmo no Mundial de Clubes vencido pelo Corinthians no ano passado, vai demorar muito a chegar ao futebol em geral. O custo, de acordo com estimativas, ainda é muito alto e poderia levar um bom tempo para chegar, por exemplo, aos campeonatos estaduais.
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"A Fifa já autorizou quatro empresas a distribuírem a tecnologia. Mas nada impede que outras empresas se interessem em produzir a tecnologia, até para que o preço caia" afirmou Thierry Wiel, diretor de marketing da Fifa.
Weil disse que a tecnologia vai continuar sendo usada nos torneios da Fifa, mas não quis fazer previsão de quando os outros torneios vão poder contar com a novidade. "Cada federação vai decidir quando usá-la e como usá-la. A Fifa não vai obrigar ninguém a ter o equipamento", disse.
O dirigente usou como exemplo uma partida entre Inglaterra e Suíça pelas eliminatórias da Copa. Se a Inglaterra quiser pode usar, em Wembley, por exemplo, uma tecnologia admitida pela Fifa. E a Suíça pode não usar tecnologia nenhuma no jogo de volta. "Desde que as duas federações estejam de acordo".
O mesmo pode acontecer caso um estádio contrate a tecnologia de uma empresa e outro estádio contrate a de outro. Pode acontecer por exemplo de o Maracanã comprar uma tecnologia e o Morumbi outra. "A federação é quem vai decidir e acordar sobre que tipo de tecnologia vai ser usada nos jogos", disse Thierry Weil sem querer detalhar sobre as polêmicas que possam surgir no futuro.
No que se refere aos árbitros, o diretor de arbitragem da Fifa, Massimo Bussaca, disse que não vê problemas em quem seja contra o uso da tecnologia, como seu compatriota e também ex-árbitro Pierluigi Colina.
"Cada pessoa pode ter uma opinião. O importante é que a tecnologia da linha do gol está aí e com ela basta para o futebol. Não precisamos de mais nada além disso", afirmou, descartando que no futuro a Fifa possa adotar qualquer outro tipo de tecnologia, seja para impedimento ou mesmo para faltas.
"Se não você mata a essência do futebol. Às vezes o jornalista passa horas discutindo um lance e cada um tem uma opinião diferente. O árbitro às vezes marca com convicção e quando chega em casa, revê o lance e vê que não era nada daquilo. Assim é o futebol", finalizou.