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Copa das Confederações

Fred e Júlio César conquistam Felipão e solucionam problemas da era Mano

Mano Menezes encerrou dois anos e meio de trabalho na Seleção sem um goleiro e um centroavante definidos. Em dois jogos, Felipão já tem seus preferidos para posições antes consideradas problemas. Júlio César e Fred têm tudo para jogarem a Copa das Confederações como titulares

24 mar 2013 - 07h00
(atualizado às 23h24)
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<p>Fred tem dois gols em duas partidas</p>
Fred tem dois gols em duas partidas
Foto: Getty Images
<p>Júlio César tem 13 defesas em dois jogos</p>
Júlio César tem 13 defesas em dois jogos
Foto: Getty Images

Pouco antes de deixar a Seleção Brasileira, Mano Menezes disse em uma entrevista que tinha 70% do grupo fechado para a Copa das Confederações. Nos 30% de indefinição, havia uma certeza: as posições de goleiro e centroavante estavam incluídas no porcentual. Curiosamente, hoje as dúvidas de Luiz Felipe Scolari passam longe destas posições.

Presentes nas duas convocações feitas até o momento por Felipão, Fred e Júlio César têm tudo para tomarem conta sas camisas nove e um: experiência de já terem disputado Copa do Mundo, a confiança do treinador e, acima de tudo, bom desempenho nos amistosos contra Inglaterra (derrota por 2 a 1) e Itália (empate por 2 a 2).

Contra a Rússia, nesta segunda-feira, em Londres, os dois estão confirmados como titulares. E assim deve continuar até a Copa das Confederações. Felipão continuará observando o desempenho de Júlio César e Fred nos clubes, mas só uma eventualidade ou mudança drástica em seus planos deve tirá-los do grupo. Esta será a última partida da Seleção principal antes da convocação.

Felipão analisa desempenho da zaga da Seleção Brasileira:
Trabalho sem parar na Seleção e no lanterna inglês

Números Footstats Brasil x Inglaterra Brasil x Itália
Defesas 4 2
Rebatidas 6 1
Gols sofridos 2 2

A Seleção Brasileira poderia significar para Júlio César um respiro pelo trabalho árduo de defender o lanterna do Campeonato Inglês. Mas a sua volta ao time nacional tem sido marcada por um bombardeio à sua meta, assim como ocorre no Queens Park Rangers.

Contra a Itália, teve que fazer sete defesas (incluindo rebatidas), trabalho parecido com o que teve contra a Inglaterra: seis. Levou quatro gols, o último deles em chute de fora da área de Balotelli que muitos críticos analisaram como defensável. Mas no balanço geral, suas atuações foram aprovadas por Felipão e por ele mesmo. "Foi uma das melhores partidas com a camisa da Seleção", disse depois do jogo contra a Itália.

A aprovação de parte da torcida brasileira será mais difícil. Ainda pesa muito contra o goleiro a falha nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010 contra a Holanda e o desempenho irregular na Copa América de 2011, sua última competição com a Seleção. Muitos ainda questionam a convocação de Júlio César por ele ser atualmente goleiro de um time inexpressivo. Para estes, funciona a lógica do arqueiro de time pequeno: aparece mais, faz mais defesas e leva mais gols por ficar mais exposto.

O contraponto está na escassez de goleiros rodados e com experiência na Seleção. Felipão não quer entregar uma posição chave para o sucesso brasileiro em grandes competições a um novato. Passaram pela posição neste ciclo iniciado após o Mundial de 2010 Diego Alves, Victor, Jefferson e Nenhum conseguiu convencer Mano Menezes integralmente. Felipão cortou o mal pela raiz de chamou aquele que pelo menos tem larga experiência e pode ajudar os poucos jogadores que atuaram em uma Copa a liderarem um time de muitos jovens.

Fred revela que Seleção é dividida por três capitães:
De reclamão a líder

Números Footstats Brasil x Inglaterra Brasil x Itália
Finalizações 2 certas/2 erradas 1 certa/ 1errada
Gols 1 1
Posse de bola 22 segundos 36 segundos

O futebol de Fred está em evidência no Brasil há algum tempo. Mas a regularidade do atacante na Seleção sofreu abalos por problemas físicos e principalmente por seu temperamento. O artilheiro tricolor participou da Copa América, continuou sendo chamado por mais um período, mas uma possível "forcinha" para ser dispensado do jogo contra a Argentina no Superclássico das Américas o fez ficar na geladeira. A temperatura caiu ainda mais depois de reclamação pública do atacante, e Mano não conseguia mais disfarçar que o comportamento afastava Fred da Seleção.

Com Felipão, o atacante ganhou vida nova. Convocado ao lado de Luís Fabiano para a reestreia do treinador contra a Inglaterra, começou no banco. Ao entrar no intervalo, precisou de um toque na bola para marcar. Quase virou o jogo na sequência em um chute da trave. Foi o suficiente para, contra a Itália, ser titular, ficar mais tempo em campo e marcar mais um. "A média tá boa, mas vamos procura vencer jogos. Para todo atacante é importante, mas isso não vai mascarar nada. Tenho que manter a seriedade", disse.

Prova de que Fred está em alta é a definição dos líderes nomeados por Felipão para servirem de referência no trabalho. Ao lado dos zagueiros David Luiz e Thiago Silva, o jogador terá a responsabilidade de, mesmo se não estiver usando a braçadeira, agir como um capitão. Algo impensado meses atrás para um jogador que pareceria fora dos planos da Seleção.

A dificuldade de Mano em encontrar um camisa nove de sua confiança era tão grande que Mano Menezes aboliu o centroavante de suas partidas. Neymar passou a jogar centralizado e avançado, com Oscar, Kaká e Hulk no apoio. Já Felipão faz questão do camisa nove, cuja característica principal é aproveitar as poucas chances que pode ter em um jogo. Somados os dois jogos, Fred ficou menos de um minuto com a bola no pé. Mas fez dois gols em seis finalizações.

Fonte: Terra
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