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Terra na Copa

Governo recebe organizadores, mas protesto contra Copa no PE é mantido

11 ago 2013 - 16h21
(atualizado em 12/8/2013 às 14h19)
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<p><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; line-height: normal; text-align: center;">Comerciantes reclamam de valores das indenizações e falta de apoio do Governo do Estado para mais carentes</span></p>
Comerciantes reclamam de valores das indenizações e falta de apoio do Governo do Estado para mais carentes
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

O secretário da Casa Civil do Governo do Estado de Pernambuco, Tadeu Alencar, recebeu neste sábado uma comissão formada por comerciantes que reclamam das desapropriações por conta de obras da Copa do Mundo e representantes do Comitê Popular da Copa. A conversa marcada a pedido do prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre, após a divulgação de protesto que será realizado na próxima segunda no Centro de cidade, foi pontuada por diversos comerciantes que sentiram necessidade de expor suas situações e sempre analisavam aspectos diferentes, como a possibilidade de continuar nos imóveis até o início de 2014 ou a ansiedade dos funcionários que não sabem se serão demitidos.

As demandas foram apresentadas inicialmente pela advogada Paula Souza, que representa proprietários de imóveis de Cosme e Damião (Recife) e comerciantes da Avenida Belmiro Correia. Ela deixou claro que a primeira grande reclamação dos comerciantes de Camaragibe é em relação às avaliações das desapropriações. De posse de pesquisa feita por pessoas que estão tendo seus imóveis desapropriados, ela denunciou que na cidade foram escolhidos “23 imóveis e nove deles simplesmente não existem”. O estudo questionado pelos comerciantes foi realizado pelas empresas Diagonal e Maia Melo Engenharia.

Além disso, a advogada lembra que "Camaragibe tem apenas quatro zonas comerciais e nenhuma delas foi contemplada pelos avaliadores". Também presente à reunião, o procurador Geral do Estado, Thiago Arraes de Alencar admitiu que podem haver problemas com alguns laudos e explicou que devido à grande demanda o Governo teve de optar por contratar serviços de empresas terceirizadas para agilizar esse tipo de serviço. “A gente tem celebrado acordos em 80% a 90% dos casos no Ramal da Copa”, ressaltou o procurador, já que são centenas de processos.

Em relação às avaliações, o secretário da Casa Civil garantiu que o Governo do Estado não tem "compromisso com erros nas avaliações. Temos que identificá-los, esclarecer as impropriedades e dar total transparência à base de dados”. Nesta segunda-feira, o procurador Geral do Estado, Thiago Arraes de Alencar, ficou de participar de reunião a partir das 17h para tratar de questões jurídicas das avaliações e dos processos de desapropriações.

<p><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; line-height: normal; text-align: center;">Advogada Paula Souza levou documentos para mostrar falhas nas avaliações encomendadas pelo Governo do Estado</span></p>
Advogada Paula Souza levou documentos para mostrar falhas nas avaliações encomendadas pelo Governo do Estado
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

A professora Maria José, do Colégio Santa Sofia, em Camaragibe, contou aos políticos da situação de outras pessoas. Como uma senhora que entrou em depressão após a notícia de que seu imóvel seria desapropriado, teve uma alta de glicemia e acabou falecendo. E do veterinário Ricardo Cardeal, que ainda não recebeu a indenização pela casa desapropriada no bairro de Cosme e Damião, e já se vê na iminência de ter desapropriada também sua clínica veterinária (na Avenida Belmiro Correia, em Camaragibe).

“Vocês vejam os danos que (as obras) estão causando, não só financeiros. Estamos aqui por uma razão maior: Justiça. Gostaria que vocês, com muito amor e carinho, se juntassem ao nosso governador para refazer as avaliações dos terrenos”, encerrou Maria José, resumindo o anseio dos comerciantes de Camaragibe de serem recebidos por Eduardo Campos e de terem interrompido o processo de desapropriações para que sejam reavaliados todos os imóveis.

Protesto dos comerciantes foi mantido e deve receber adesões de moradores de São Lourenço e Retife também
Protesto dos comerciantes foi mantido e deve receber adesões de moradores de São Lourenço e Retife também
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

“Se em algum momento os agentes públicos deram pouca atenção ao diálogo a gente está aqui para corrigir isso”, resumiu o secretário da Casa Civil. Segundo o prefeito de Camaragibe, os comerciantes devem ser recebidos nesta segunda-feira, a partir das 16h, pelo secretário das Cidades Danilo Cabral. 

Comerciantes e moradores mantém protesto que será realizado nesta segunda

A reunião entre comerciantes e representantes do Comitê Popular da Copa com o secretário Tadeu Alencar foi intermediada por representantes da Prefeitura de Camaragibe. Ao final do encontro, o secretário da Casa Civil do Município, Silvio Azevedo, fez um apelo para que os populares repensassem e diante do diálogo iniciado cancelassem o protesto que está sendo organizado para a próxima segunda, a partir das 6h, no Parque da Cidade (Camaragibe).

No entanto, os representantes dos movimentos sociais, do Comitê Popular da Copa e dos comerciantes em conversa posterior ao encontro decidiram manter o protesto, que deve agregar também representantes das cidades de São Lourenço da Mata e de comunidades do Recife.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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