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Terra na Copa

Governo recusa ajuda financeira para evitar greve na obra do Maracanã

18 fev 2013 - 14h25
(atualizado às 15h01)
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<p>Régis Fichtner comentou a greve dos operários do Maracanã</p>
Régis Fichtner comentou a greve dos operários do Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Régis Fichtner, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de o governo ajudar financeiramente na negociação entre os operários e o consórcio responsável pela reforma do Maracanã. Funcionários da obra cruzaram os braços por um dia, nesta segunda-feira, como advertência em relação aos pleitos feitos aos construtores. Fichtner disse acreditar que haverá uma solução entre as partes e que o "bom senso" vai prevalecer.

"Está havendo um conflito natural entre patrão, empregado e sindicato. Mas estamos negociando e temos certeza de que haverá consenso de ambas as partes. E qualquer tipo de discussão entre eles não implicará na paralisação das obras", afirmou.

Segundo Fichtner, houve uma "certa parada" nas obras nesta segunda. No entanto, firmou que os trabalhos serão retomados na terça. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte Costa, confirmou que os 5,5 mil operários voltarão a trabalhar normalmente nesta terça.

"Estamos fazendo uma advertência, pela demora nas negociações. A obra tem pressa, existe um prazo para terminar o trabalho", comentou o sindicalista.

Os trabalhadores têm uma lista de 65 reivindicações. Entre as principais, está o aumento de 15% do salário dos operários, cuja média é de R$ 1,5 mil, além de concessão de cesta básica no valor de R$ 330 e a extensão do plano de saúde aos familiares dos trabalhadores. De acordo com o presidente do sindicato, as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez acenaram com 10% de reajuste e R$ 250 de cesta básica.

Costa alertou que esta semana de negociação é decisiva. Representantes do sindicato, do Consórcio Maracanã 2014 e do governo estadual vão se reunir na tarde desta segunda, no Palácio Guanabara, para discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

As obras do Maracanã estão em ritmo acelerado para que o estádio seja entregue a tempo de sediar os jogos da Copa das Confederações 2013, que será realizada em junho. Afinal, no dia 30, está prevista para a arena carioca.

Inicialmente, a previsão era de que o estádio fosse entregue no final do ano passado, mas uma sequência de adiamentos no cronograma levou a projeção de conclusão para maio, às vésperas do torneio. Costa observou que uma nova parada nas obras poderia ter consequências graves no planejamento feito para o Maracanã. “Com certeza, teria um problema seríssimo. Os prazos estão muito apertados", destacou.

Fonte: Terra
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