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Copa das Confederações

"Homem das mil tatuagens" faz 1º gol e pode ser arma da Itália na Copa

2 jul 2013 - 08h07
(atualizado às 08h10)
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<p>Diamanti expõe seus braços tatuados no jogo contra o Uruguai</p>
Diamanti expõe seus braços tatuados no jogo contra o Uruguai
Foto: Bruno Santos / Terra

Braço, antebraço, canela, panturrilha, coxa. Para onde quer que você olhe, é provável encontrar uma tatuagem no corpo do meia Alessandro Diamanti, 30 anos. O jogador que até 2007 disputava a Série C do Campeonato Italiano deixou a Copa das Confederações com um bom desempenho e a esperança de defender a Itália no Mundial de 2014.

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“Não sei, nunca contei”, responde Diamanti, questionado pela reportagem do Terra sobre a quantidade de suas tatuagens. Seu braço esquerdo é coberto por flores, como as que fazem ser conhecida a sua cidade natal, Prato, na região da Toscana.

Foi na Associazione Calcio Prato que começou a carreira de Diamanti. Ele permaneceu ligado ao pequeno clube da Série C italiana até 2007 e teve passagens por empréstimos pelos times B do Empoli e da Fiorentina, sem ser contratado. Em janeiro de 2007, aos 24 anos, o meia finalmente estreou na Série A, com o Livorno, e engrenou na carreira.

Em 2008, veio a maturidade com o casamento com a apresentadora de televisão taiwanesa Silvia Chiay Hsieh. O bordão “Be Happy” (“Seja Feliz”) usado por ela na TV italiana também foi motivo de uma tatuagem: um “smile” na panturrilha direita. Logo abaixo se vê a imagem da personagem Hello Kitty – uma possível homenagem às filhas Aileen e Olivia. E há muitas outras como um coração, uma borboleta, uma cruz, o símbolo da paz e a inscrição “I Love Chiay” (“Eu Amo Chiay”)... “Todas são especiais”, diz ele, negando que haja uma tatuagem a qual valorize mais. “Tenho tantas, tenho tantas”, repete o jogador, atualmente no Bologna.

Diamanti de fato não é um jogador comum. É um jogador que já disse que os longos cabelos é ele mesmo quem corta (“com minha mulher atrás”), que guia um Fiat Cinquecento cor de rosa pelas ruas de Bologna e que não lê jornais porque “eu mesmos sei se joguei bem ou mal”.

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No último domingo, em Fortaleza, ele jogou bem e foi decisivo para a Itália garantir o terceiro lugar da Copa das Confederações. No empate por 2 a 2 diante do Uruguai, anotou o segundo gol da Itália em uma linda cobrança direta de falta, próximo à meia-lua da grande área. Foi o primeiro tento dele em 14 partidas pela seleção.

“Dá prazer porque finalmente chegou o gol na seleção. Tentei tanto. Estou contente pelo desempenho”, afirma. O feito inédito poderia ter saído até antes na mesma partida. No lance do primeiro gol italiano, foi ele quem bateu uma falta desde o bico da grande área diretamente para o gol; a bola bateu na trave, nas costas do goleiro Fernando Muslera e, quando estava para ultrapassar a linha total, foi tocada para as redes pelo zagueiro Davide Astori.

“Vi o goleiro um pouco mal posicionado e tentei chutar. Depois chegou o Astori e menos mal que tenha colocado para dentro. O importante é que (a bola) entrou, deixemos todos fazerem gols”, diz.

O discurso generoso é mantido por Diamanti ao comentar por que ele foi substituído aos 32min da mesma partida, ainda que fosse um dos destaques de seu time. “Pedi a substituição porque não eu era mais útil ao time. Estava verdadeiramente exausto e há companheiros no banco preparados”, diz ele, que cedeu lugar a Alberto Aquilani aos 32min do segundo tempo da mesma partida.

Diamanti foi convocado pela primeira vez para a seleção italiana em 2010. O técnico já era Cesare Prandelli, que o levou para a Eurocopa de 2012 e a Copa das Confederações de 2013. “A coisa mais bela desta aventura é que o grupo é fantástico. Parece ser um grupo de clube: quem está fora ajuda quem está dentro. À parte o cansaço, estar aqui (no Brasil) foi um mês belíssimo”.

Diamanti agora só quer descansar. Rever Silvia Chiay Hsieh, que o acompanhou no Rio de Janeiro no início da Copa das Confederações, e os três filhos. “Abraço minha família e preciso de férias como todos nós”, diz ele, cujo futuro é especulado na Juventus ou no Porto. Mas descansará com o telefone celular ligado para escutar possíveis propostas para deixar o Bologna? “Com o telefone desligadíssimo”, afirma, rindo.

Fonte: Terra
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