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Copa das Confederações

Inglaterra tenta manter jejum brasileiro de 44 anos no Maracanã

Última vitória da Seleção Brasileira frente à seleção inglesa foi quando o goleiro Gilmar, bicampeão mundial, se despediu, em 1969

2 jun 2013 - 07h42
(atualizado às 07h42)
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Foto: Daniel Ramalho / Terra

Tudo bem que o retrospecto de cinco jogos entre Brasil e Inglaterra no Maracanã é favorável à Seleção Brasileira, com três vitórias, um empate e uma derrota, e que os amistosos foram disputados na época em que os "geraldinos" ainda davam o ar da graça no que era chamado de "o maior do mundo". Contra fatos, porém, não há argumentos.

Ao pisar no gramado do novo Maracanã, remodelado longe de suas características originais para com o torcedor, para ser o novo templo que abrigará as finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, o time inglês comandado por Roy Hodgson tentará manter um jejum de 44 anos da Seleção Brasileira em seu estádio mais lendário.

A última vitória da Seleção no Maracanã foi antes do tricampeonato mundial, em 1969, quando o goleiro Gilmar, campeão do mundo em 1958 e 1962 defendendo o Brasil, se despediu da Seleção Brasileira na vitória por 2 a 1 contra a Inglaterra - gols de Tostão e Jairzinho, que viria a ser um ano depois o furacão da Copa do Mundo do México, em 1970.

De lá para cá, a Seleção Brasileira acumulou uma derrota e um empate. Em 1977, a equipe comandada por Claudio Coutinho, "campeã moral" da Copa do Mundo do ano seguinte, na Argentina, empatou sem gols contra os ingleses. O Brasil tinha em seu time titular nomes como o goleiro Leão, Rivelino, Zico e Paulo César Caju.

Felipão explica como usa fotos para analisar esquema tático:

Em 1984, dois anos depois da "tragédia do Sarriá", a geração da Copa de 82 foi a única a ser derrotada pelos ingleses no estádio. O público se calou com o golaço do então ponta-esquerda Barnes na vitória britânica por 2 a 0. Curiosamente, todos os amistosos foram disputados no meio do ano, entre maio e junho, período de recesso  do Campeonato Inglês.

A primeira vitória, não apenas dentro do Maracanã, mas em toda a história dos confrontos, ocorreu em 1959, curiosamente, no dia que o "maior do mundo" escutou sua vaia mais estrondosa. As 150 mil pessoas que se espremeram nas arquibancadas vaiaram a escalação de Julinho Botelho no lugar de Garrincha, destaque da conquista do primeiro mundial na Suécia, um ano antes.

Sete minutos, porém, bastaram para que o então jogador do Palmeiras, que brilharia no futebol da Fiorentina, da Itália, marcasse o primeiro gol e, em uma atuação brilhante, transformasse as vaias em aplausos. O Brasil venceu o time inglês por 2 a 0 - o confronto até então, no total, era de apenas uma vitória e um empate para os britânicos.

Cinco anos depois, em 1964, o placar mais dilatado. Pela Taça das Nações, torneio criado pela então CBD para comemorar os 50 anos da entidade, que depois ganharia o nome de CBF, o Brasil goleou os ingleses por 5 a 1, na partida que marcou a despedida do goleiro Gilmar, bicampeão do mundo em 1958 e 1962, da Seleção Brasileira.

O torneio contou ainda com a participação de Portugal e Argentina, que ergueu a taça ao vencer todos os adversários do quadrangular. "Nós temos Wembley, que é tão famoso quanto o Maracanã. Sei da importância. Eu cresci ouvindo histórias. É um estádio novo, mas o nome continua. Por esse fato todos vão lembrar", destacou o meia Lampard, capitão do time inglês no amistoso deste domingo.

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Fonte: Terra
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