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Copa das Confederações

Jogo, dança e exposição: Copa das Confederações já começou nas escolas

Escolas de diversas regiões do Brasil usam games, exposições de geografia e até dança para falar sobre a Copa das Confederações

28 mai 2013 - 12h41
(atualizado em 29/5/2013 às 15h12)
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<p>Alunos de escola mineira que apresentaram melhor exposição sobre os países da Copa das Confederações ganharam viagem ao Museu do Futebol, em São Paulo</p>
Alunos de escola mineira que apresentaram melhor exposição sobre os países da Copa das Confederações ganharam viagem ao Museu do Futebol, em São Paulo
Foto: Divulgação

Enquanto a bola não rola, a Copa das Confederações vem ao menos fazendo gols em salas de aula espalhadas pelo País. Isso porque alunos e professores das redes pública e privada estão aproveitando a proximidade com a competição, que se inicia em 15 de junho e movimentará seis capitais brasileiras, para tratar de forma interdisciplinar e muita criativa temáticas que vão além do esporte.

É o caso da Escola Estadual Samuel Engel, em Alfenas (MG), a 378 quilômetros de Belo Horizonte, onde 320 alunos do nono ano do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio participaram de um projeto realizado em parceria com a Universidade Federal de Alfenas (Unifal), pesquisando e expondo em salas temáticas a cultura dos países que disputarão o torneio. Uma oportunidade para todos na escola conhecerem melhor as oito nações e de premiar a equipe responsável pela melhor mostra com uma visita ao Museu Nacional do Futebol, na região central de São Paulo (SP).

O projeto "Copa das Confederações e o Espaço Mundial" ocorreu entre março e abril deste ano, com a ajuda de professores da escola e de bolsistas do curso de geografia da universidade. Para a execução, os estudantes foram divididos em oito equipes, cada uma responsável por explicar uma das nações competidoras. "O projeto teve como objetivo discutir os aspectos geográficos e sociais de cada país", explica uma das coordenadoras da iniciativa, a professora Maria Elenizi Gonçalves Lefbvre. Para incentivar também a prática esportiva entre os adolescentes, foi organizada uma competição de futsal feminino e masculino entre as equipes, com troféus e medalhas para os vencedores.

Toda a escola se envolveu, e a exposição foi visitada por cerca de 500 estudantes. "Foi muito interessante fazer uma volta ao mundo nesses países", comenta Clibson Alves dos Santos, professor da Unifal que também coordenou o projeto, consolidando a parceira de dois anos entre a escola e a Unifal. "Entre nossos objetivos, estava propor uma visão diferente da geografia, normalmente muita associada à memorização do conteúdo. A disciplina pode ser mais interativa se soubermos mostrar como interfere diretamente no cotidiano das pessoas", comenta Santos.

Para o grande prêmio, a visita ao Museu do Futebol, a universidade forneceu um ônibus e custeou os ingressos dos estudantes. Pode até ter sido motivada pela viagem, mas a escola se surpreendeu com a dedicação dos alunos. Por isso, trabalha agora com os bolsistas da Unifal para a construção de uma sala temática de geografia. O projeto foi tão bem sucedido que a fama ultrapassou os muros e outras escolas da região já estão planejando iniciativas similares, entre elas a Escola Estadual Judith Vianna, que também conta com bolsistas do curso de geografia da universidade.

As nações ao palco e nas telas

Em São Paulo (SP), o Colégio Santa Maria está abordando a Copa das Confederações pelos jogos virtuais. A oficina de videogames existe desde 2007, com a supervisão do coordenador de tecnologia educacional da escola, o professor Muriel Vieira Rubens, que seleciona a cada ano uma temática diferente. Desta vez, os 15 alunos do sétimo, da oitavo e da nono anos do ensino fundamental estão criando um jogo em que um turista deve passar por oito fases, cada uma representando um dos países participantes do torneio, para chegar ao Brasil.

"Quando pesquisamos sobre o Taiti, por exemplo, os alunos descobriram como a ilha era formada geograficamente, para desenvolver a fase do jogo", diz Rubens. O esperado era que os alunos criassem um jogo de futebol, mas a escolha foi por um desafio mais estratégico. Assim, os estudantes pesquisaram sobre os contextos geográfico, social e cultural de cada país, trabalhando de forma interdisciplinar para o projeto.

Outro exemplo interessante está em Recife (PE), uma das cidades onde ocorrerão jogos da Copa do Mundo e da Copa das Confederações. Lá, uma escola particular tem levado o evento esportivo para a sala de dança. Há nove anos, o Colégio Marista São Luís organiza o projeto Vivendo o Folclore com alunos do primeiro e do segundo anos do ensino médio. O tema, desta vez, será "As Danças do Mundo: Patrimônio da Humanidade", com inspirações em 13 nações de todos os continentes que participaram das mais recentes edições do Mundial.

Divididos em 13 equipes, os estudantes deverão estudar os traços culturais e montar uma apresentação de dança típica, com base nesta pesquisa. Além de incentivar a arte, a escola ainda tem um bom exemplo de interdisciplinaridade. Isso porque os alunos realizarão atividades também fora do palco, com a integração de disciplinas de língua portuguesa, história, geografia, filosofia e sociologia, para, ao final, coroar a iniciativa com uma revista eletrônica.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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