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Copa das Confederações

Ministro diz que governo vai ouvir demandas dos protestos pelo Brasil

17 jun 2013 - 19h51
(atualizado às 20h04)
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<p>Gilberto Carvalho é responsável pela articulação com movimentos sociais</p>
Gilberto Carvalho é responsável pela articulação com movimentos sociais
Foto: Marcelo Pereira / Terra

Em meio à onda de manifestações pelo Brasil contra o aumento de tarifa do transporte público e a organização da Copa, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que o governo tem disposição em ouvir as demandas, mas que é necessário assegurar a lei e a ordem. A pasta comandada por Carvalho é responsável pela articulação com movimentos sociais.

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“Toda vez que houver ações que eles consideram legítimas, mas que cria problemas para a maioria, é papel do Estado a resolução”, ponderou o ministro. Ele comparou as manifestações contrárias ao torneio organizado pela Fifa com a invasão de canteiro de obras por índios da etnia munduruku.

Nesta tarde, o ministro recebeu representantes de um dos coletivos que participou dos atos em Brasília na última sexta e no sábado. Ele avaliou o diálogo como proveitoso e que o governo tem de se adaptar para conversar com a nova modalidade de movimentos sociais, que não tem liderança ou estrutura hierárquica organizada e muitas vezes reúne interessados em uma causa por meio de redes sociais.

Gilberto Carvalho reiterou que as manifestações fazem parte do regime democrático e parafraseou o discurso de posse da presidente Dilma Rousseff: “O duro é o silêncio das tumbas e da repressão”. O ministro no entanto nega que a onda de protestos vá prejudicar os grandes eventos (Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpíada).

Ele ainda esquivou-se de avaliar a ação das forças policiais na contenção das manifestações. “A orientação da presidente Dilma é que continue em Brasília o clima que sempre tivemos de livre manifestação”, afirmou. “Queremos virar essa página”.

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Sobre os atos contra o aumento de tarifas no transporte público no Rio, em São Paulo e em Minas Gerais, Gilberto disse que a Presidência está em contato com os governos estaduais. “O governo está preocupado com as manifestações, buscando o entendimento” afirmou.

No último sábado a Polícia Militar do Distrito Federal reprimiu 2 mil manifestantes do entorno do Estádio Nacional Mané Garrincha com bombas de gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha. A ação foi avaliada pelo Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, como “exemplar”.

Ainda no dia da estreia do Brasil na Copa das Confederações, Gilberto Carvalho, que acompanhava a presidente Dilma Rousseff no estádio já havia feito um contato inicial com os manifestantes. Na ocasião, ele defendeu o diálogo, lamentou as cenas de violência e afirmou que Dilma acompanhou a confusão envolvendo policiais.

Manifestantes servidores públicos

Parte dos manifestantes que estiveram nos protestos de Brasília são funcionários públicos federais e trabalham na Presidência da República. Na avaliação do representante de um dos coletivos envolvidos, trabalhar para o Estado não lhes tira os direitos civis e políticos.

“Eles (os servidores) não trabalham para o governo. Eles são funcionários técnicos e prestam serviço profissional ao Estado brasileiro”, afirma Edemílson Paraná, integrante do Comitê Popular da Copa, um dos organizadores do ato “Copa pra quem?”. Paraná é funcionário do Ministério Público da União (MPU), lotado no Conselho Nacional do Ministério Público. “Não há nenhum ilícito no que fizemos”.

Fonte: Terra
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