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Copa das Confederações

Parreira vira porta-voz de crise com Bayern e faz Felipão poupar "bufadas"

Cargo de coordenador técnico estava extinto desde 2006, o que deixou treinadores mais expostos a problemas extracampos como o desta semana

30 mai 2013 - 07h00
(atualizado às 07h00)
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<p>Parreira bateu de frente com Bayern de Munique e explicou liberação de Neymar para apresentação no Barcelona </p>
Parreira bateu de frente com Bayern de Munique e explicou liberação de Neymar para apresentação no Barcelona
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Diante de uma crise entre Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Bayern de Munique por conta da liberação de Luiz Gustavo e Dante, o técnico Luiz Felipe Scolari manteve-se afastado das câmeras e não precisou se expor em um assunto em que poderia se desgastar. Para explicar a questão e dar suporte ao treinador, quem apareceu em entrevista coletiva foi o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, que tem papel importante para dividir a responsabilidade com Felipão.

O cargo não é novidade na Seleção e já foi ocupado por Zagallo na Copa de 1994, por exemplo. Na época, o técnico era exatamente Parreira, que sofria com a pressão e por muitas vezes viu o seu companheiro sair em sua defesa. Nas comissões das Copas de 1998 (Zico), 2002 (Antonio Lopes) e 2006 (Zagallo), a dobradinha teve prosseguimento, mas deixou de existir a partir do ciclo de 2010.

Parreira justifica folga para Neymar, Jefferson e Filipe:

Uma das avaliações sobre a demissão de Mano Menezes em novembro do último ano aponta que a falta de um personagem forte em sua comissão técnica ajudou na fritura. Sem um escudo, o técnico era exposto para rebater reclamações de clubes e responder a todos os tipos de assunto. Seu auxiliar era Sydney Lobo, que carecia de notabilidade.

A chegada de Andrés Sanchez à Seleção no final de 2011 tinha como umas das prerrogativas dar maior suporte a Mano Menezes. Mas o cargo era de diretor de Seleções, e Andrés muitas vezes trouxe mais polêmicas do que conseguiu as afastar de Mano. Não à toa, envolvido em brigas políticas, seu cargo foi destituído depois de seu pedido de demissão.

A formação de uma comissão técnica com dois nomes fortes, campeões mundiais, permitiu que Carlos Alberto Parreira tornasse dispensável a presença de Felipão para explicar os assuntos problemáticos do início da preparação da Seleção para a Copa das Confederações. Mano Menezes e Dunga dificilmente escapariam do desgaste.

Parreira falou duro com o Bayern de Munique, explicou as razões para a liberação de Neymar na segunda-feira e poupou Felipão de suas primeiras bufadas. O treinador só deve conceder entrevista no sábado, véspera da partida contra a Inglaterra. Por mais irritado que esteja, Felipão não precisou expor sua indignação de forma pública.

Fonte: Terra
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