A Seleção Brasileira chegou a Salvador nesta quinta-feira com o máximo de discrição possível. Após a vitória por 2 a 0 sobre o México, pela Copa das Confederações, o grupo de Luiz Felipe Scolari desembarcou na capital baiana e usou uma entrada alternativa, na área de serviço do Gran Hotel Stella Maris, provocando desespero e corre-corre entre os torcedores que esperavam ver de perto os jogadores.
Uma greve convocada pelo Sindicato dos Empregados em Comércio Hoteleiro e Similares da Cidade do Salvador (Sindhotéis) provocou manifestações na chegada da Seleção Brasileira à capital baiana. Cerca de dez faixas foram estendidas em frente ao hotel que hospeda a equipe, o Gran Hotel Stella Maris, cobrando melhores condições de trabalho e reajuste salarial, entre outras reivindicações.
O número de funcionários que protestavam não era grande. Eles afirmavam que mais da metade dos empregados do Gran Hotel Stella Maris aderiram à paralisação, o que teria obrigado o estabelecimento a contratar funcionários temporários. Nenhum dos protestantes era ligado ao próprio hotel.
Consultado pela reportagem do Terra, o gerente geral do hotel, Francis Pointis, apontou que aproximadamente 10% de seu quórum entrou em greve no último domingo, primeiro dia da paralisação convocada pelo sindicato.
Pointis argumentou, porém, que o número diminuiu no decorrer dos dias seguintes, chegando a zero nesta quarta-feira. Ele admitiu a contratação de trabalhadores temporários por dois motivos: o primeiro pelo temor de que a maioria de seus empregados aderisse à greve e o segundo pela necessidade provocada por eventos de um patrocinador ligado à Copa das Confederações.
Nesta quarta, pouco antes da chegada do ônibus da Seleção Brasileira ao hotel localizado na Praia de Stella Maris, os grevistas se reuniram organizando um “apitaço”. Eles pediam vaias até para a Fifa e para o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Torcida cearense assedia jogadores em despedida da Seleção:
Nas faixas dos manifestantes, liam-se inscrições como “dignidade para quem atende bem o turista” e “patrões hoteleiros e similares pagam salário de fome”. Um dos cartazes indicava várias razões para a greve, entre as quais “escravização de camareiras”, e cobrava um reajuste salarial de 5% para a categoria.
Francis Pointis reconheceu ter ficado assustado com o elevado número de faixas expostas na entrada do hotel nesta quarta, mas negou qualquer tipo de preocupação quanto a uma possível paralisação. Ele ressaltou que tudo está tranquilo e funcionando normalmente durante a estada da Seleção Brasileira, que se prepara para enfrentar a Itália no próximo sábado, na Arena Fonte Nova, pela terceira e última rodada do Grupo A da Copa das Confederações.
Os fãs já compareciam em bom número na entrada do hotel desde as 16h (de Brasília) e foram frustrados na chegada da delegação, que ocorreu por volta das 17h15
Foto: Henrique Moretti / Terra
Muitos se aglomeraram diante de um pequeno portão, mas pouco puderam ver os jogadores, que tiveram seus nomes gritados
Foto: Henrique Moretti / Terra
Após a vitória por 2 a 0 sobre o México, pela Copa das Confederações, o grupo de Luiz Felipe Scolari desembarcou na capital baiana e usou uma entrada alternativa no Gran Hotel Stella Maris, provocando desespero e corre-corre entre os torcedores que esperavam ver de perto os jogadores
Foto: Henrique Moretti / Terra
Algumas garotas, chorando, lamentavam a oportunidade perdida de ver de perto Neymar, o jogador mais assediado pelo público
Foto: Henrique Moretti / Terra
As torcedoras Bianca Andrade, 17 anos, Bianca Bittencourt, 17, e Cananda Freitas, 16, todas alunas do Colégio Estadual Amélia Santos, diziam que ficariam "a noite toda" no local. A expectativa das garotas era entregar uma carta gigante contendo dedicatórias ao atacante
Foto: Henrique Moretti / Terra
Hotel tem placa de boas vindas aos jogadores da Seleção Brasileira
Foto: Henrique Moretti / Terra
Trabalhadores de um hotel que fica próximo ao local que a Seleção Brasileira está hospedada levaram faixas informando uma greve
Foto: Henrique Moretti / Terra
Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, reajuste salarial, entre outras reivindicações
Foto: Henrique Moretti / Terra
Exploração da mão de obra e a terceirização também estão entre as reclamações dos funcionários
Foto: Henrique Moretti / Terra
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