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Terra na Copa

RJ diz seguir padrão internacional de segurança em futuros eventos

30 jan 2013 - 22h53
(atualizado às 22h56)
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Os órgãos envolvidos na preparação dos principais eventos que ocorrerão no Rio de Janeiro nos próximos anos - Copa das Confederações, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos - evitaram se estender sobre as providências que vêm sendo tomadas para garantir a segurança do público para evitar, por exemplo, tragédias como a que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde mais de 230 jovens morreram em consequência de um incêndio na Boate Kiss.

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A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), responsável pela execução das obras de adequação e reforma do Complexo do Maracanã para a Copa das Confederações, este ano, e para a Copa do Mundo de 2014, limitou-se à divulgação de uma nota em que diz que a execução das obras seguem "recomendações da Fifa".

Segundo a nota, as mais importantes são as que dispõem sobre acessibilidade, visibilidade, conforto e segurança. "Esta última questão foi muito detalhada, para possibilitar a saída de todo o público do estádio em até oito minutos e meio. Para isso, foram construídas mais quatro rampas de acesso (além da recuperação das duas existentes), instalados novos elevadores e escadas rolantes, e ampliados vomitórios (acessos numerados por onde o torcedor deve passar até seu assento, e outros acessos e que podem ser utilizados também na necessidade de uma evacuação de emergência)".

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A Emop ressalta que, por meio de uma sala de controle, todo o movimento no estádio será controlado eletronicamente, detectando qualquer incidente em todo o complexo.

Não menos sucinta foi também a nota divulgada pela Empresa Olímpica Municipal (EOM) em resposta à solicitação da Agência Brasil. Nela, a EOM informa que o Dossiê de Candidatura do Rio estabelecia normas de segurança para a construção das instalações esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que estas normas estão sendo seguidas no desenvolvimento dos projetos de responsabilidade da prefeitura.

"Estão sendo adotadas medidas de prevenção que incluem a utilização de materiais resistentes ao fogo, instalação de equipamentos para detecção e controle de incêndios e o desenho de sistemas de acesso e saídas de emergência", informou a nota.

O comunicado ressalta que o desenvolvimento dos projetos "está sendo acompanhado passo a passo por representantes do Corpo de Bombeiros e as instalações seguirão as normas estabelecidas pela corporação".

A Secretaria de Segurança Publica informou à Agência Brasil que caberá ao governo do Estado garantir apenas a segurança externa dos eventos e também a circulação do público pelos diversos pontos turísticos do Estado. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, caberá à Polícia Federal, à Força Nacional de Segurança e aos órgãos responsáveis pelos eventos - com a contratação de seguranças particulares - garantir a tranquilidade no interior dos eventos.

Até o fechamento desta matéria, a Defesa Civil do Estado não havia respondido à solicitação da Agência Brasil. Por e-mail, no entanto, o órgão informou que a demanda estava sendo providenciada.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Agência Brasil Agência Brasil
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