Em uma tentativa clara de se desvincular de uma frase dita em 2011 - "uma Copa do Mundo não se faz com hospitais" - e muito criticada durante as manifestações que tomaram o Brasil nas últimas semanas, o ex-jogador Ronaldo reiterou apoio à busca por melhores condições de vida pelo povo brasileiro. O ex-atleta, que comentou a Copa das Confederações 2013 na TV Globo, disse que nem quando atuava viu uma corrente tão forte de torcedores.
"Nem quando jogava vi tamanho envolvimento com o time. E fui em todas as sedes. Foi emocionante ver que o brasileiro torceu, se emocionou com a Seleção Brasileira, apesar deste momento difícil que estamos vivendo", disse Ronaldo nesta segunda-feira, em coletiva da Fifa no Rio de Janeiro.
"Foi minha primeira vez como comentarista e foi muito tenso, principalmente por torcer e comentar os jogos da Seleção Brasileira. Demos uma demonstração do que pode vir para a Copa do Mundo."
Ronaldo tentou desvincular as manifestações de uma crítica ao Mundial do próximo ano, embora muitos cartazes e coros entoados nos protestos tenham escolhido a Fifa como alvo - no domingo, durante a final da Copa das Confederações no Estádio do Maracanã, os manifestantes soltaram uma faixa presa a balões com gás Hélio, onde se lia "Fifa, vá embora".
"Percorrendo as ruas e falando com o povo, percebo que o brasileiro não é contra a Copa do Mundo. Ele é contra corrupção, desvio de dinheiro, a maneira como é administrado o sistema de saúde e educação. Está sendo maravilhoso ver a grande maioria da população se revoltando contra isso de forma pacífica e os resultados já estão vindo", afirmou Ronaldo.
O ex-jogador, que detém o recorde de gols marcados em todas as Copas do Mundo, explicou que a afirmação que fez e criou tanta polêmica foi tirada de contexto. "Se eu estiver falando sobre um ladrão aqui, é possível tirar uma frase e afirmar que eu disse que sou um ladrão. Não pedi para escolhermos entre construir hospitais ou estádios", explicou.
Presidente da Fifa, Joseph Blatter destacou nesta segunda-feira a organização brasileira na Copa das Confederações de 2013
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O suíço apontou que a Copa das Confederações foi um sucesso, apesar dos protestos sociais realizados no País ao longo do mês de junho
Foto: Daniel Ramalho / Terra
"Quero expressar minha gratidão em nome da Fifa e do Comitê Executivo por todos os que ajudaram a fazer dessa competição um sucesso tão grande apesar de todos os protestos, porque o futebol é o grande campeão. O povo brasileiro é o campeão, disse Blatter, que foi muito vaiado pelo público especialmente na primeira e na última partida do torneio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Blatter considerou os protestos uma "inquietação social"
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin também concedeu entrevista nesta segunda-feira
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Ministro Aldo Rebelo disse que, apesar das manifestações, nenhum torcedor teve problemas para chegar aos locais de jogos: ''as manifestações de vandalismo tiveram a resposta que deveriam ter recebido por conta das autoridades''
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José Maria Marin, presidente da CBF, acabou agradecendo até toda a classe política do país pelo apoio à Seleção Brasileira
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Dirigente não esqueceu nenhum ex-presidente do período pós-ditadura militar e agradeceu nominalmente até os presidentes das duas casas do Congresso Nacional, mesmo em meio a protestos
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Marin aproveitou elogios feitos pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter (a quem chamou de ''José''), para comemorar a organização do evento e a forma como a torcida brasileira recebeu a Seleção Brasileira
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Blatter admitiu que, quando a competição começou, havia um grau de incerteza pelo que chamou de ''inquietação social''
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Ricardo Trade, chefe do Comitê Organizador Local, também compôs a bancada na conferência de imprensa
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Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, afaga Ronaldo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Ronaldo destacou o envolvimento da torcida brasileira nas Confederações
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"Nem quando jogava vi tamanho envolvimento com o time. E fui em todas as sedes. Foi emocionante ver que o brasileiro torceu, se emocionou com a Seleção Brasileira, apesar deste momento difícil que estamos vivendo", comemorou Ronaldo
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Jérôme Valcke escuta a tradução de pergunta da imprensa brasileira no Rio de Janeiro
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Valcke participou de entrevista ao lado de dirigentes da Fifa e do Comitê Organizador Local
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O árbitro inglês Howard Webb também participou da conferência
Foto: Daniel Ramalho / Terra
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