Rússia banca estádios com dinheiro público para entregar obras de 2018
Copa das Confederações de 2017 terá apenas quatro cidades, contra seis da de 2013; governo russo irá garantir visto e transporte terrestre a torcedores estrangeiros com ingressos
Bem diferente do que acontece no Brasil, o dinheiro público vem sendo usado livremente na Rússia para a construção de estádios, e vai ser a garantia de que todos vão ficar prontos em tempo. Essa foi a resposta do secretário executivo do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018, Alexey Sorokin, quando foi perguntando sobre o financiamento dos 12 estádios que o país vai oferecer para a competição.
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“Não dependemos do dinheiro privado, e por isso temos a garantia de que as coisas vão sair” afirmou, durante uma breve apresentação de suas principais cidades e estádios, em uma cerimônia no hall social do Estádio do Maracanã.
Até o momento, o orçamento previsto para o mundial é de US$ 21 bilhões, mas isso sem que sete estádios tenham nem sequer começado a ser construídos. Apenas um estádio é totalmente privado: o do Spartak de Moscou, e o que vai receber mais eventos importantes - a abertura, uma semifinal e a final.
O único estádio já está pronto é o de Kazam, onde começa a ser disputada a Universíade na semana que vem. E um está atrasado: o de São Petersburgo, que deveria ter ficado pronto no ano passado.
“Mas tivemos que mudar o projeto. O contrato acabou, teve que ser reprojetado de maneira importante. Mas até o próximo ano vai estar pronto”, garantiu Sorikin.
Na apresentação, o presidente do COL russo confirmou que apenas quatro cidades farão parte da Copa das Confederações em 2017: Moscou, São Petersburgo, Kazam e Socchi, bem diferente das seis brasileiras.
Alexey Sorikin afirmou ainda que a Lei da Copa já está sancionada pelo presidente e anunciou duas novidades para o torcedor que for ao Mundial: quem tiver ingresso comprado não vai precisar de visto de entrada para o país. Além disso, o governo vai garantir o transporte terrestre para as cidades com partida até 18 horas antes e 18 horas depois dos jogos.
Alexey Sorikin evitou fazer qualquer comentário sobre os protestos populares que tomaram conta do Brasil durante a Copa das Confederações. “As pessoas são livres para dizer o que quiserem, desde que não atrapalhem quem quer ver os jogos”, disse, afirmando que, em sua opinião, a torcida brasileira vem dando uma grande demonstração.
Sorikin foi questionado sobre os gastos de dinheiro público para a construção de estádios de futebol e se isso poderia gerar protestos. “Não tem motivo para isso, porque estamos gastando dinheiro em coisas que são importantes para a população. Estádios de futebol fazem parte da nossa cultura” afirmou. “Não é dinheiro que está sendo gasto com casas? Não. É para o esporte número um no nosso país”, afirmou, sem medo de polêmica.