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Copa das Confederações

Tabárez destaca segurança e que Uruguai não teve problemas com protestos

22 jun 2013 - 22h37
(atualizado em 23/6/2013 às 10h57)
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O técnico da seleção do Uruguai, Oscar Washington Tabárez, afirmou neste sábado que o tema da segurança é "um dos que funciona melhor" na Copa das Confederações e destacou que sua equipe não teve problemas por causa dos protestos populares registrados em várias cidades do Brasil.

"Não chegou até nós nenhum efeito dos protestos populares nem das grandes manifestações. A segurança é um dos melhores aspectos do torneio, especialmente em todas as viagens da delegação", assinalou Tabárez em entrevista coletiva.

O técnico uruguaio comentou o fato de "se questionar" os investimentos que o Governo brasileiro realizou para organizar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014.

"Alguns acham que foram investimentos desmedidos e que o dinheiro poderia ser utilizado com fins sociais. Também li declarações da presidente (Dilma Rousseff) nas quais afirmava que o dinheiro destinado à saúde e à educação não foi mexido nem será com as despesas realizadas nas obras", acrescentou Tabárez.

Ao ser perguntado sobre a finalidade dos protestos, o técnico uruguaio disse: "Por respeito é muito difícil assumir uma posição", acrescentando: "Fica claro que os protestos estão sendo feitos agora para chegar ao mundo e para que as reivindicações tenham algum efeito", em relação à cobertura que a imprensa mundial faz do torneio de futebol.

O técnico, diferente do que ocorreu antes das partidas contra Espanha (derrota por 2 a 1) e Nigéria (vitória pelo mesmo placar), não confirmou a escalação do time que enfrenta neste domingo o Taiti, no encerramento do Grupo B da Copa das Confederações, e nem sequer quis antecipar se fará mudanças em relação aos jogos anteriores.

Apenas disse que baseou seu planejamento "com a suposição de que a Espanha ganha da Nigéria e o Uruguai do Taiti".

"A seleção espanhola tem 24 partidas invicta e enfrentou várias das seleções mais poderosas do mundo, com todo respeito, acho que não vai botar a banca assim contra a Nigéria", enfatizou.

Se assim forem os resultados, os uruguaios se classificarão para a semifinal da competição em segundo no grupo e jogam contra o Brasil que venceu neste sábado a Itália por 4 a 2 e ficou em primeiro no Grupo A.

"No futebol tudo é possível, mas nos preparamos pensando no mais provável", acrescentou o técnico "celeste", e se prevê que contra a frágil seleção taitiana dará lugar na equipe titular a vários jogadores que ainda não jogaram.

Sobre a situação vivida pelos jogadores Diego Forlán, Diego Pérez, Sebastián Eguren e o encarregado da preparação física da seleção, José Herrera, que ficaram 30 minutos presos em um elevador do hotel onde a delegação está hospedada, Tabárez disse que "primeiro foi motivo de brincadeiras, mas depois preocupou".

"Felizmente as coisas foram solucionadas e o tema ficará como uma lembrança a mais que temos da participação neste torneio", acrescentou, em referência às dificuldades para conseguir lugares de treino apropriados e às longas viagens que a equipe teve que fazer para chegar aos mesmos.

Sobre a necessidade de ganhar do Taiti por um amplo placar para não depender de ninguém, o técnico uruguaio disse que seus comandados "devem ter a tranquilidade necessária".

"É preciso conseguir um primeiro gol antes de pensar em um possível terceiro", disse.

E sobre o futuro do Uruguai na Copa das Confederações, Tabárez expressou um desejo: "O que eu não daria para voltar a enfrentar a Espanha, especialmente porque se isso acontecesse certamente estaríamos na final do torneio".

A Espanha, atual campeã do mundo e ganhadora das duas últimas Eurocopas, venceu por 2 a 1 o Uruguai na primeira rodada do Grupo B, em um resultado que foi curto em relação a sua grande superioridade em campo.

O técnico uruguaio admitiu na entrevista coletiva posterior à partida que o resultado poderia ter sido "catastrófico" se os espanhóis tivessem aproveitado algumas das várias oportunidades de gol que tiveram.

EFE   
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