Veja 3 coisas que funcionaram e 3 que precisam melhorar no Maracanã
O Maracanã passou por seu último teste, no empate por 2 a 2 entre Brasil e Inglaterra no último domingo, sem nenhuma falha que ameace um funcionamento adequado para a Copa das Confederações. Ainda existe muito a se fazer, principalmente no acabamento, mas para um estádio que era um canteiro de obras até o começo da semana, o saldo é positivo.
A reportagem do Terra ouviu pessoas presentes no estádio durante todo o domingo e selecionou três pontos positivos e três que precisam de ajustes no funcionamento do estádio que receberá a final da competição, no dia 30 de junho. Algumas das falhas, inclusive, já foram admitidas pelo próprio Comitê Organizador Local (COL). Confira:
Os acertos:
Transporte
Com mais de 80% do público estimado fazendo o trajeto até o Maracanã de transporte público, o acesso à área do estádio ocorreu de forma ordenada e sem tumultos. Mesmo quem optou por se locomover de carro ou táxi chegou sem maiores problemas ao entorno do Maracanã. A área de isolamento permitiu que pedestres sem credenciais ou ingressos tivessem acesso até a primeira rua paralela a uma das entradas laterais do Maracanã.
Serviços de mídia
O jogo de domingo não era considerado um teste para os serviços de mídia, mas se fosse, seria aprovado. As instalações tinham lugares suficientes para todos os profissionais credenciados, com internet e tomadas disponíveis em todas as bancadas. O auditório de entrevista coletiva é grande, mas peca pela falta de espaço entre os assentos. Não houve registros de pane na internet por um segundo sequer.
Voluntários bem treinados
Diferente da África do Sul, por exemplo, onde houve muitos problemas com desinformação por parte de voluntários e equipe de atendimento ao público, no Rio de Janeiro houve organização e pessoas trabalhando durante todo o tempo ao redor do estádio inteiro. Munidos de megafone, alguns voluntários se antecipavam às dúvidas e orientavam o caminho a ser seguido pelos torcedores e profissionais na partida.
O que pode melhorar:
Entrega de credenciais
A véspera do jogo teve momentos de confusão e relatos de filas de quatro horas no centro de credenciamento instalado ao lado do Maracanã. Profissionais de todas as áreas que iriam trabalhar no jogo tiveram que enfrentar a mesma fila e passaram por apuros. Faltou informação e organização para amenizar os efeitos da sobrecarga de entregas de credenciais previstas para o dia.
Entrada no estádio
Houve problemas em pelo menos uma catraca, na entrada da estátua do Bellini, que provocou filas de até meia hora de torcedores para entrar no estádio. O próprio COL admitiu que serão necessários ajustes. “A qualidade da entrada do público pode ser melhor, a rapidez na catraca também”, disse o diretor geral do COL, Ricardo Tríade.
Sinalização e acabamento
Se não atrapalhou o trabalho de profissionais e a diversão do público, a falta de acabamentos deixou em todos a impressão de o Maracanã ser aquela casa que precisa de muitos retoques, mas que por necessidade é habitada com suas funções básicas. Elevadores com defeito, improvisações com placas escritas à mão e tapumes cobrindo buracos deram a impressão de uma casa inacabada. A sinalização também teve falhas, como na falta de identificação da entrada da imprensa e do melhor caminho a partir do metrô.