/images.terra.com/2015/05/21/vasco.png "Logo do Vasco")
Nacional-AM x Vasco tem trânsito e provocação a "amariocas"
Trânsito engarrafado antes das 17h (de Manaus) e muita gente fugindo do trabalho mais cedo. Essa foi a rotina da tarde desta terça-feira em Manaus, principalmente na zona leste, onde logo mais, às 20h50 local (21h50 de Brasília), começará a partida entre Vasco e Nacional-AM pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Desde as 16h o trânsito na alameda Cosmen Ferreira, única via de acesso ao Estádio Roberto Simonsen, estava parado. A velocidade média na via, segundo agentes do Instituto Municipal de Trânsito de Manaus (Manaustrans), não passava dos 5 km/h, o que gerou insatisfação por parte dos motoristas.
"Faço esse trajeto todos os dias e não há engarrafamento nesse trecho da via. Agora hoje está horrível", reclamou o motorista de ônibus Almir Aguiar da Silva, 39 anos.
Agentes do Manaustrans e policiais militares controlam um desvio na alameda Cosmen Ferreira por uma rua que contorna o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, que fica ao lado do local do jogo. "O problema é que só tem essa rua e ela é muito estreita", reclamou o contador Márcio Albuquerque Pimentel, 25 anos, que esqueceu do jogo e acabou entrando no congestionamento.
Na porta do estádio, desde as 15h, já tinham torcedores dos dois times. Os portões só seriam abertos às 18h. "Meu patrão não pode saber que fugi do emprego, mas pelo meu Vasco que nunca vem aqui na cidade vale a pena fazer esse sacrifício", contou a assistente de RH Camila Marinho, 24 anos.
A fila do torcida vascaína para entrar no estádio ultrapassava os três quilômetros. Já a do time da casa não chega a 500 metros. "Sei que somos minoria, mas vamos sair daqui vitoriosos", disse Alex Bueno Marque, 32 anos, um dos últimos torcedores do Nacional-AM na fila
Dentro do estádio, a torcida da equipe da casa aproveitou para provocar os manauenses que torcem para o Vasco por meio de faixas para o que eles classificaram de "Amariocas: a vergonha do Amazonas". "Queremos festejar. Não é todo dia que o vasco está aqui em Manaus", defendeu o agente de portaria Marcos Santos Souza, 23 anos.
Policiamento
Mais de 600 policiais militares e outros 100 agentes das áreas de trânsito e saúde fazem parte do contingente montado para atuar antes, durante e depois da partida de hoje.
Segundo o comandante de policiamento metropolitano, tenente coronel Andrade Gouvea, desde as 4h da madrugada a polícia está trabalhando no jogo.
"Nosso pessoal da inteligência começou a agir cedo para coibirmos a ação de cambistas. Vamos atuar com um gabinete de gestão integrada dentro do estádio semelhante o que foi feito na Copa das Confederações nos estados sedes. Esse também será nosso teste para a Copa de 2014 aqui em Manaus", explicou o comandante.
Durante o início do jogo, o policiamento entrou em confronto com vascaínos que não conseguiram entrar no estádio. O som de bombas de efeito moral ecoava e a fumaça provocada pelo explosivo por pouco não atrapalhou o começo do jogo entre Vasco e Nacional-AM.
Segundo o coronel Aroldo Ribeiro, comandante do policiamento especializado da PM amazonense, a tropa de choque precisou agir para evitar mais confusão. "Esse grupo de torcedores não conseguiu entrar e quis fazer baderna", disse o coronel. A PM não informou se na ação de dispersão dos torcedores da área externa do estádio alguma pessoa teria sido presa.
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