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Copa do Brasil

Mais maduro do que outros jovens, Gabriel Jesus acalma elenco

31 ago 2015 - 09h12
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Gabriel Jesus virou herói no Palmeiras, com dois gols que classificaram o time na Copa do Brasil e outros dois para garantir a vitória sobre o Joinville que recolocou a equipe no G4 do Campeonato Brasileiro. Mas ninguém no clube demonstra qualquer preocupação de euforia prejudicial ao atacante de 18 anos, em sua primeira temporada como profissional.

“Precisamos ajudá-lo muito para não acontecer nenhuma euforia. Mas talvez mais da parte de fora, porque é um garoto com a cabeça muito boa. Vamos procurar blindar ao máximo e deixar que ele faça o que vem fazendo. Isso que é importante”, disse Rafael Marques, que já viu outro jovem precisar de mais preocupação psicológica do que o camisa 33 do Verdão.

“O Vitinho é um cara também muito bacana, mas blindávamos muito mais porque sabíamos como ele era empolgado, não tinha a maturidade do Gabi. O Gabi é um cara muito tranquilo, muito ciente, muito pés no chão. Já vivi essa fase em que tudo é maravilhoso, euforia, não queremos que aconteça com o Gabi”, falou Rafael.

No Palmeiras, a preocupação é mais em manter a produção do talentoso garoto. “É inevitável, ele será assediado. Precisa estar trabalhando cada vez mais, buscando fazer um pouco melhor, e as coisas vão se encaixando. Está em processo de crescimento, fará muito mais à medida que ganhar confiança. Ainda tem aspectos a melhorar, é um pouco ansioso, mas é agudo, tem um potencial imenso. O legal é que cumpre taticamente e tem um poder de ataque muito bom”, elogiou Marcelo Oliveira.

O aviso é de que a fase ruim também pode chegar. “Não é querendo secar, mas o Gabriel passará por momentos difíceis, em que a bola pegará na canela e não entrará. Ele precisa ter essa percepção. É um menino muito tranquilo, trabalhador. Pelo que vejo, não terá problema de faltar humildade ou subir na cabeça. O que pode acontecer é problema técnico, normal para um menino de 18 anos”, comentou Fernando Prass.

O que mais se vê no clube em relação a Gabriel Jesus, que já ganhou até música da torcida, é admiração. Inclusive de quem virou reserva para dar vaga ao garoto. “Não é que ele está iluminado, é um excelente jogador. Sempre falamos, desde o início do ano, que é uma joia rara. As coisas estão acontecendo naturalmente e a tendência é só crescer”, previu Rafael Marques.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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