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Copa do Brasil

Novo maestro? Zé Roberto ganha chance no meio e vira opção

Veterano mostra vigor e faro artilheiro em goleada por 5 a 1 sobre o Sampaio Corrêa

12 mai 2015 - 23h53
(atualizado em 13/5/2015 às 00h09)
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Ao poupar Valdivia nesta terça-feira contra o Sampaio Corrêa, o técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, apostou na experiência de Zé Roberto no meio-campo como organizador da equipe no Allianz Parque, no duelo de volta da segunda fase da Copa do Brasil. Apesar de pouco aparecer na armação, o veterano brilhou pelo vigor físico ao marcar duas vezes na segunda metade da etapa complementar, gerando a famosa "boa dor de cabeça" ao comandante para a próxima partida, contra o Joinville, pelo Campeonato Brasileiro.

A alteração do treinador alviverde não surtiu efeito inicialmente. O Palmeiras sofreu para tocar a bola e testou a paciência do torcedor nos primeiros minutos ao errar passes e viradas de jogo. Com o passar do tempo, a equipe alviverde se assentou e Zé Roberto começou a se mostrar mais confortável na posição de armador.

O experimento ia bem até os 23min, quando Pimentinha recebeu pela ponta direita do ataque do Sampaio, fez o que quis com o zagueiro Vitor Hugo e cruzou na medida para Diones marcar de cabeça e colocar os visitantes em vantagem.

Cristaldo fez o gol da virada palmeirense
Cristaldo fez o gol da virada palmeirense
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

A partir dali, o Palmeiras se desestabilizou e voltou a ter dificuldades para tentar construir algo. Os maranhenses mantiveram a postura retraída, ainda mais depois de ficarem em vantagem no placar. Escalado no meio para organizar o ataque, Zé Roberto pouco apareceu, embora voltasse para buscar jogo.

Quando encontrou espaços para dar bons passes, o meia viu os companheiros de equipe, como Dudu, errarem o domínio no momento crucial e desperdiçarem as chances.

Oswaldo manteve a formação para a etapa complementar, tirando Amaral para a entrada de Robinho, visando dar mais qualidade no toque de bola no meio-campo. Zé Roberto seguiu centralizado no 4-2-3-1 palmeirense, com Rafael Marques aberto à direita, Dudu à esquerda e Cristaldo na referência.

A postura ousada logo deu resultado, embora na bola parada. Robinho cobrou escanteio, Vitor Hugo dominou após desvio no primeiro pau e bateu de esquerda para igualar o marcador.

O empate embalou o time da casa, que partiu para cima abusando de jogadas pelos lados, embora poucas delas passassem pelo articulador no meio. Em uma bonita trama pela direita, Rafael Marques fez o corta-luz para Lucas cruzar na medida e Cristaldo virar o jogo.

Partida que pareceu que viraria um vexame se transformou em goleada ampla na etapa complementar
Partida que pareceu que viraria um vexame se transformou em goleada ampla na etapa complementar
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Se na frente o camisa 11 não conseguiu mostrar o talento, o veterano deixou claro porque foi por anos titular de equipes de ponta do futebol europeu na lateral esquerda ou como segundo volante. Esbanjando o preparo físico que tanto gosta de exibir, Zé Roberto participou de forma eficaz na recomposição, com desarmes providenciais (quatro no total, segundo o Footstats)  que frearam qualquer esboço de reação do Sampaio.

A atuação solidária foi recompensada no ataque. Zé Roberto acompanhou contra-ataque que caiu nos pés de Dudu e deu a opção para o atacante servi-lo para o terceiro gol palmeirense da noite, que tranquilizou os 24.443 torcedores que compareceram ao duelo desta terça em um horário atípico para o dia da semana.

Ainda sobrou tempo para o veterano cobrar e perder um pênalti, defendido por Ruan, mas que resultou em gol de Kelvin no rebote, e fazer o segundo dele na partida, de cabeça, nos acréscimos, para fechar a conta e levar a torcida à loucura, com gritos de "Zé Roberto animal".

Fonte: Terra
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