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Copa do Brasil

Prass supera desconfiança e avisa: "O Palmeiras é o meu lugar"

30 out 2015 - 08h12
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Aclamado como herói da classificação do Palmeiras para à final da Copa do Brasil, Fernando Prass completará neste domingo, diante do Santos, o seu 150º jogo pelo clube. Com a marca, o goleiro olha para trás e lembra que chegou sob desconfiança, mas renovou seu contrato recentemente até o fim de 2017 por ter convicção de que seu lugar é o Verdão.

“Essa renovação foi muito importante. Uma das coisas que mais pesou foi a minha família, o desejo deles de ficar. E também era o meu desejo. Sinceramente, fiz de tudo para ficar no Palmeiras. Não que eu não tenha sido reconhecido, recompensado e remunerado, mas abri mão de algumas coisas que, aos olhos de outras pessoas, seriam melhores. Mas minha família e eu tivemos a sensação de que o meu lugar é aqui mesmo”, declarou o camisa 1.

Idolatrado pela maioria dos torcedores, Prass ouviu críticas quando acertou com o time em dezembro de 2012, semanas após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. O clube se orgulhava de sua escola de goleiros e, não bastasse o fim da “tradição” com a chegada de alguém de fora, o jogador tinha 35 anos e um contrato longo, sob contestação até pelos seus salários.

“Tive a oportunidade e a sensibilidade de, naquela época, que o ideal para mim seria vir para cá. Vim com contrato de três anos e muita gente achou que era absurdo para um jogador que tinha 35 anos. Quando se chega a certa idade, é necessário provar mais do que os outros. Depois desses três anos, por incrível que pareça para quem achava muito, renovei por mais dois anos e quero provar que posso renovar depois por mais dois ou um ano”, declarou, lembrando da turbulência que encontrou na Academia de Futebol.

[video-post id="2125489"]“Vim em um período difícil. O time estava na segunda divisão e com uma pressão enorme, jogando a Libertadores sem um elenco preparado, com problemas financeiros e sem estádio nem uma estrutura ideal. Hoje em dia, a situação é totalmente contrária. Se fizerem uma pesquisa anônima entre os jogadores, muitos darão prioridade ao Palmeiras”, animou-se.

Acompanhando a retomada da grandeza do clube, Prass até fez questão de abrir mão de homenagens pelo seu centésimo jogo pelo Palmeiras, no início do ano. Estava convicto de que renovaria para ampliar o número de partidas e, atualmente, já é o nono goleiro que mais vezes entrou em campo pelo clube.

“Quando completei 100 jogos, eu não quis camisa comemorativa porque é muito pouco. Não que seja inexpressiva, de 35 jogadores do elenco só eu e o Cleiton temos esse número. Mas eu sempre tive uma certeza muito forte de que ficaria aqui e teria muito mais jogos. Agora, com mais dois anos de contrato, dá para fazer mais quase 150 jogos”, apontou Prass, exaltado por ser herói nas cobranças de pênaltis contra Corinthians, na semifinal do Paulista, e Fluminense, na semifinal da Copa do Brasil. Mas ciente de sua capacidade, sem empolgação.

“A decisão de pênaltis deixa o goleiro mais em evidência e são normais os elogios. Mas o futebol é uma roda gigante, você precisa estar preparado para tudo e saber absorver, trabalhar e entender os momentos bons e ruins. Não se pode dar importância demais às críticas ou aos elogios. Vão te dizer que você é o maior do mundo, isso é aquilo, mas é bom manter os pés no chão para saber quem você é”, ensinou Prass.

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