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Times de Curitiba não embalam e fracassam na temporada

5 set 2014 - 10h15
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Com Atlético-PR em 10º e Coritiba em 18º na Série A, além do Paraná em 12º na Série B, o trio de Curitiba não está tendo uma boa temporada. E não é somente no Campeonato Brasileiro.

<p>Coritiba acabou eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil</p>
Coritiba acabou eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Divulgação

No Campeonato Paranaense, a equipe paranista caiu para o rival Atlético-PR nas quartas de final, enquanto a dupla “Atletiba” caiu nas semifinais. Após sete anos, um time do interior voltou a conquistar o título estadual: Londrina, que havia vencido pela última vez em 1992, justamente o Maringá, adversário desta edição.

Já pela Copa do Brasil, o Paraná ficou na segunda fase para a Ponte Preta, nas penalidades, após passar pelo São Bernardo. Coritiba e Atlético-PR ainda chegaram as oitavas de final e foram eliminados de forma a certo ponto vergonhosa nesta semana. O primeiro venceu o jogo de ida por 3 a 0 e, mesmo com erros da arbitragem, sofreu o mesmo placar e caiu fora depois de perder quatro penalidades. O segundo levou 3 a 0 do América-RN, na Arena das Dunas, e venceu por 2 a 0 no reencontro da torcida com a Arena da Baixada – insuficiente para avançar.

O cenário atual do “trio de ferro” não cria expectativas em seus respectivos torcedores.

Confira abaixo análise dos três times da capital até aqui:

Técnicos

Atlético-PR: Mesmo com a boa campanha, o técnico Vagner Mancini foi descartado pela diretoria do clube. Sem técnico, a cúpula demorou a achar um substituto e anunciou uma aposta no dia 8 de janeiro: Miguel Ángel Portugal. A contratação veio 21 dias antes da estreia na pré-Libertadores, diante do Sporting Crystal. Com invenções e criticado pelo departamento de futebol, o trabalho do espanhol foi bastante contestado pela torcida. Mesmo amparado por Mario Celso Petraglia, pediu demissão após o empate por 1 a 1 contra a Chapecoense, na 5ª rodada. Depois do interino Leandro Ávila conquistar duas vitórias e dois empates antes da parada da Copa do Mundo, o Atlético anunciou Doriva, campeão paulista pelo Ituano, como substituto durante o Mundial. Oito jogos foram suficientes para uma nova demissão sob a justificativa de que o “trabalho não encaixou”. Ávila novamente assumiu interinamente e, na quarta-feira, o clube anunciou a contratação de Claudinei Oliveira, do rival Paraná.

<p>Marquinhos Santos falou em continuidade no trabalho de Celso Roth</p>
Marquinhos Santos falou em continuidade no trabalho de Celso Roth
Foto: Coritiba / Divulgação
Coritiba: Credenciado pelas boas campanhas no Mogi Mirim e Paraná, os dirigentes alviverdes anunciaram Dado Cavalcanti para 2014. O treinador entrou a partir da sétima rodada, depois do time Sub-20 atuar nos seis jogos anteriores. A eliminação para o Maringá nas semifinais, impedindo o pentacampeonato, foi a deixa para demiti-lo. E também para mudar a filosofia. Antes contratando técnicos jovens e estudiosos, o Coritiba apostou em Celso Roth, fora do mercado há um ano e meio. A tática não deu certo, com o comandante jogando a culpa no “legado” deixado pelo antecessor, além de criticar o próprio elenco. Marquinhos Santos, que treinou o time alviverde entre 2012 e 2013, retornou no dia 24 de agosto afirmando: “não é um convite, é uma convocação”.

Paraná: Com a saída de Dado Cavalcanti para o rival, o Paraná fez outra aposta e trouxe o desconhecido Milton Mendes, que fez sua carreira nos Emirados e Portugal, no dia que completava 24 anos. No final de março, após eliminação nas quartas de final para o Atlético-PR, dentro da Vila Capanema, o treinador pediu demissão alegando “falta de perspectivas para o futuro”. O sucessor teve uma passagem relâmpago. Ricardo Drubscky, 11 dias depois da contratação e um jogo disputado (vitória sobre o São Bernardo, na Copa do Brasil), pagou a multa rescisória e foi para no Goiás. Demitido do time goiano, Claudinei Oliveira veio para o Paraná no dia seguinte fechando a “troca” entre os clubes. Aproveitando o trabalho na base, promovendo atletas ao profissional e trazendo três jovens jogadores do Santos, o técnico paranista acertou a equipe durante a Copa do Mundo. Era um “faz tudo” e tinha a admiração dos diretores e da torcida. Até quarta-feira, quando o trocou pelo rival Atlético. Luciano Gusso, auxiliar, assume interinamente.

Elenco

<p>Adriano chegou a marcar pelo Atlético-PR na Copa Libertadores</p>
Adriano chegou a marcar pelo Atlético-PR na Copa Libertadores
Foto: Reuters
Atlético-PR: Com a contratação tardia do treinador, o Atlético-PR teve pouco tempo para trabalhar na Copa Libertadores. O resultado foi o sofrimento na eliminatória, quando enfrentou o Sporting Crystal e se classificou nas penalidades, após “achar” um gol no último minuto do tempo normal, na vitória por 2 a 1. Com saídas de jogadores importantes, como: Luiz Alberto, Léo, Everton e Paulo Baier, a diretoria pouco investiu no elenco – apostou em Adriano, que ajudou a rachar o elenco contra o técnico espanhol. A eliminação aconteceu ainda na primeira fase. No Paranaense, atuando com o Sub-23, eliminou o Paraná nas quartas de final e, mesmo com a vaga nas mãos, foi goleado pelo Londrina por 4 a 1 e ficou fora da finalíssima. Na Série A, aposta em seus jovens jogadores e faz campanha razoável. A falta de experiência atrapalha em momentos decisivos. Manoel, que chegou a ser afastado e travou uma briga com o presidente, foi vendido ao Cruzeiro – o atacante Marcelo ficou próximo de reforçar o Corinthians.

Coritiba: Salvo da Série B na última rodada, o time alviverde entrou em 2014 pensando em reformulação. Emprestou “medalhões” para tentar aliviar o caixa, não trouxe nomes de impacto e apostou em um time sem estrelas. A estratégia não está dando certo e irrita a torcida, que viu o pentacampeonato cair nas semifinais do Estadual, além de lutar mais uma vez contra o rebaixamento nesta temporada. Sem poder aquisitivo, a diretoria trabalha em trazer peças “esquecidas” de elencos de outros times da elite, como Welinton, Rosinei e Zé Love.

Paraná: Depois de uma Série B que passou perto de chegar ao primeiro escalão do futebol nacional, a diretoria manteve uma pequena espinha dorsal em 2014 e trouxe quase duas dezenas de jogadores desconhecidos para o primeiro semestre. Com o elenco inchado e problemas financeiros corriqueiros, o grupo deu claras mostras de desgaste. Perdeu a vantagem contra o Atlético em casa no Estadual e acabou eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, pela Ponte Preta. Com a vinda de Claudinei e sua ajuda na procura por jogadores, o time se acertou em campo e vem em um crescimento. O grupo continua grande, perto de 40 atletas, e agora vive um novo medo pela saída do treinador repentinamente.

Diretoria

<p>Diretoria focou as atenções na Arena da Baixada</p>
Diretoria focou as atenções na Arena da Baixada
Foto: Atlético-PR / Divulgação
Atlético-PR: Preocupada com a reforma da Arena da Baixada, a diretoria rubro-negra priorizou a entrega do estádio e deixou o time de lado. Alegando o investimento no local, o Atlético utiliza suas jovens promessas e aposta na força da Arena para não patinar na Série A. No futebol, o Departamento de Inteligência do Futebol (DIF) dá os comandos de contratações e dispensas. Antônio Lopes, que era homem forte, pediu desligamento do clube. Para voltar a ter um time forte, a cúpula cobra da torcida um número alto de associados, que hoje está em 22.400 sócios e a esperança para competir com os demais é de 40 mil.

Coritiba: Em ano de eleição, os bastidores do Coritiba andam agitados. E essa turbulência acaba refletindo em campo, com o presidente Vilson Ribeiro de Andrade sendo chefe de delegação da Seleção na Copa do Mundo e “deixando o clube de lado”. Trocas no departamento de futebol e médico também influenciam nas decisões incertas. As obras no setor Pro Tork, ainda não entregues, são a esperança da gestão atual para ganhar a confiança da torcida, somada à permanência na Série A.

Paraná: A esperança na chegada de Roque Júnior para a gerência de futebol, na vaga de Alex Brasil, não foi como o esperado. O nome do pentacampeão mundial era visto como primordial para trazer bons reforços no mercado, mas divergências com a diretoria atrapalharam o andamento do trabalho. Até agora, desde a saída antes da Copa do Mundo, o clube não possui um novo gestor na área. Celso Bittencourt, vice-presidente de futebol, raramente aparece nos treinos do elenco e a falta de algum diretor no dia a dia é reclamação constante do grupo paranista. Para piorar, o problema financeiro dentro do Tricolor continua assombrando e os atrasos já chegaram entre três e seis meses, juntando o futebol e funcionários do social.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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