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Copa do Mundo

Após 1ª fase avassaladora, Maradona pede "erro zero"

23 jun 2010 - 10h38
(atualizado às 10h52)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Pretória

A Argentina terminou a primeira fase da Copa do Mundo da África do Sul de forma avassaladora. Por mais que tenha encontrado dificuldades nos jogos contra Nigéria, Coreia do Sul e Grécia, a seleção sul-americana impôs uma superioridade incontestável comprovada pelas estatísticas fornecidas pela Fifa.

Em todos as partidas, a Argentina deu pelo menos 20 chutes ao gol do rival. Teve maior posse de bola com sobra, chegando ao ponto de "golear" os gregos no quesito, por 67% a 33% na vitória por 2 a 0, na última terça-feira, em Polokwane.

O técnico Maradona aponta que o estilo de jogo continuará o mesmo nas oitavas de final, quando a Argentina encara o México.

"O povo se identifica com o ataque, quando fazemos mudanças que tornam o time mais ofensivo, quando o time faz boas tabelas, pressiona... Esse é o futebol argentino", disse.

Dois aspectos impressionaram na campanha argentina na primeira fase. O time teve o controle do meio, com troca de passes constantes, durante praticamente os 90 minutos dos três jogos. E as bolas paradas mostraram-se eficientes, com quatro dos sete gols tendo origem em escanteios ou faltas.

Ao mesmo tempo em que mostrou força ofensiva, a Argentina não passou um jogo sem dar sustos no torcedor por conta de erros na defesa.

Contra a Nigéria, Jonas Gutierrez se posicionou muito mal na lateral direita. Diante dos sul-coreanos, Demichelis entregou um gol. E o zagueiro quase repetiu a falha contra a Grécia, em lance desperdiçado por Samaras.

Não à toa, Maradona avisou que, a partir de agora, ninguém pode errar mais. "Estou contente por ter passado de fase, mas sou consciente de que a partir de agora as dificuldades serão maiores. É passar ou morrer. Não podemos mais errar", disse Maradona, ciente de que o sistema defensivo ainda não está seguro.

Especificamente contra a Grécia, o setor foi composto por três reservas ao lado de Demichelis. Otamendi, Burdisso e Clemente Rodríguez não comprometeram, mas estiveram longe de dar a solidez exigida para uma Copa do Mundo. O volante Bolatti substituiu Mascherano e aumentou as mudanças no sistema defensivo.

Mesmo assim, Maradona exaltou os reservas. "Clemente é um fenômeno, pode jogar nas duas laterais e marca e ataca muito bem. Otamendi fez tudo bem. Na minha opinião, foi a figura do jogo", opinou o treinador, que até o momento minimiza os erros individuais com elogios sistemáticos a todos os jogadores a cada partida.

Resumo da Argentina em cada partida da 1ª fase:

12/06 - Argentina 1 x 0 Nigéria

Chutes a gol: 20 contra 11 do rival
Chutes em direção ao gol: 7 contra 1 do rival
Posse de bola: 58% (Argentina) a 42% (Nigéria)
Gol: Heinze

Destaque argentino: Messi, que iniciou todas as jogadas de perigo
Ponto fraco: Lateral direita, com muito espaço nas costas de Jonas Gutierrez

17/06 - Argentina 4 x 1 Coreia do Sul

Chutes a gol: 22 contra 13 do rival
Chutes em direção ao gol: 11 contra 2 do rival
Posse de bola: 57% (Argentina) a 43% (Coreia do Sul)
Gols argentinos: Higuaín (3) e Park (contra)
Destaque argentino: Velocidade do setor ofensivo e oportunismo de Higuaín
Ponto fraco: Insegurança da zaga. Demichelis entregou um gol para os sul-coreanos

22/06 - Argentina 2 x 0 Grécia

Chutes a gol: 22 contra 7 do rival
Chutes em direção ao gol: 12 contra 3 do rival
Posse de bola: 67% (Argentina) a 33% (Grécia)
Gols: Demichelis e Palermo
Destaque argentino: Controle total do meio-de-campo, comandado por Verón
Ponto fraco: Pouco poder de criação e finalização dos atacantes reservas Agüero e Diego Milito

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O treinador argentino não quer mais erros na defesa, maior problema do time
O treinador argentino não quer mais erros na defesa, maior problema do time
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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