Argentino se irrita com crítica e dá "patadas" em entrevista
- Fábio de Mello Castanho
- Direto do Pretória
O bom humor do zagueiro Gabriel Heinze durou dois minutos na entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, após treino da Argentina na Universidade de Pretória. O jogador se irritou ao ser questionado sobre uma possível falta de empatia com a torcida da seleção e respondeu com veemência.
"Primeiro. É uma pergunta que não tem a ver nesse momento. Não entendo. Eu creio que os que acham isso não são eles, é você. As pessoas têm opiniões diferentes do que você diz. Sempre fui criticado pelos meios (de comunicação), não pelo povo", disse o zagueiro, que segundo o repórter é unanimidade entre os técnicos, mas criticado pelos torcedores.
Heinze atua pela seleção argentina desde 2003 e sempre foi chamado pelos treinadores que passaram pelo comando no período: Marcelo Bielsa, José Pekerman, Alfio Basile e Maradona. O repórter insistiu na pergunta e houve um princípio de bate-boca.
"Esse é um mundo livre e cada um pode opinar. Mas estou muito tranquilo, sei por qual caminho anda minha vida e se quatro ou cinco treinadores confiam em mim eu agradeço e faço o meu melhor. Essa é uma pergunta tua, não do povo", insistiu.
Recuperado da discussão, Heinze demorou mais cinco minutos para dar nova resposta atravessada. Desta vez porque não gostou de uma pergunta sobre o favoritismo da seleção argentina entre jornalistas e especialistas.
"Você tem que perguntar paras as pessoas, aos jornalistas que estão dizendo isso. Para mim não me interessa absolutamente nada o que podem opinar os demais. Eu tenho que trabalhar para que o grupo faça o melhor possível", disse.
O mau humor voltou ao Heinze ser questionado por um jornalista sueco sobre Lars Lagerback, técnico da Nigéria, adversária da Argentina na estreia da Copa do Mundo. Primeiro fez cara de quem não sabia quem era. Alertado, preferiu a rispidez à resposta política. "Não entendo. Não o conheço. Creio que é um treinador com bastante experiência. Mas não posso falar mais nada. Nunca tive ele como treinador", disse.
E a entrevista encerrou com uma resposta seca. Heinze, a Argentina vai estrear contra uma seleção africana, assim como aconteceu em 1990 quando vocês perderam para Camarões. Você vê isso como uma desvantagem psicológica? "Não", limitou-se a dizer.
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