Cabisbaixo e de saída, Lippi assume culpa por eliminação
24 jun2010 - 14h14
(atualizado às 14h22)
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Celso Paiva
Direto de Johannesburgo
O treinador Marcello Lippi assumiu a responsabilidade pela prematura eliminação da atual campeã mundial Itália. Em entrevista coletiva logo após a derrota por 3 a 2 para a Eslováquia, no Ellis Park, em Johannesburgo, Lippi falou sobre sua saída e sobre a culpa pela queda.
"Assumo toda a responsabilidade por esse momento triste. Não conseguimos prosseguir no torneio e a culpa é minha. Eu que não consegui instruir os jogadores a darem o seu melhor em termos de habilidade, técnica e tática. Esperava encerrar minha participação à frente da seleção italiana de outra forma. Neste período, vivi anos fantásticos e trágicos como esse final", afirmou em pronunciamento antes de responder a qualquer pergunta.
Lippi, criticado pelo elenco que levou até a África do Sul, com oito remanescentes da campanha de 2006, também falou sobre as escolhas. "Continuo colocando minha total confiança nos jogadores que eu trouxe para o Mundial. Se eles não conseguiram produzir em campo o que eu esperava, é porque não os pressionei como devia pressionar e não os instruí como devia instruir. Definitivamente o primeiro tempo do jogo de hoje não foi nada parecido com o que eu esperava".
Campeão mundial em 2006, o treinador italiano ainda comparou o momento vivido na Alemanha com a eliminação desta quinta-feira. "Não quero me fazer de vítima. Desculpem a falta de humildade. Me considero uma peça decisiva nos anos de glória dessa seleção e na conquista do Mundial de 2006. Mas agora também assumo a responsabilidade total por não termos ido adiante", confirmou.
Lippi deixa a seleção italiana, que terá Cesare Prandelli, ex-Fiorentina, como seu treinador após o Mundial.
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Após as paralisações da Copa, por causa da Segunda Guerra Mundial, os atuais bicampeões (1934 e 1938) não foram bem no Mundial realizado no Brasi. A seleção italiana foi eliminada na primeira fase, ao perder para a Suécia por 3 a 2. A vitória sobre o Paraguai (foto) no Estádio do Pacaembu, por 2 a 0, foi em vão
Foto: AP
Em 1954, os italianos chegaram como favoritos na Suíça e decidiriam a vaga com a seleção anfitriã do torneio. Caíram com dois gols de Sepp Huegi em um humilhante 4 a 1. Na foto, a seleção italiana desperdiça uma oportunidade clara de gol na fatídica partida
Foto: AP
A Itália não disputou a Copa de 1958 e chegou enfraquecida ao Mundial do Chile, em 1962. Os italianos caíram mais uma vez na primeira fase, após empatar sem gols com a Alemanha Ocidental e perder para o time da casa por 2 a 0. Giorgio Ferrini (centro) foi expulso no jogo contra os chilenos
Foto: AP
Talvez o maior vexame da Itália em Copas do Mundo ocorreu em 1966, na Copa da Inglaterra. O selecionado italiano levou uma das mais surpreendentes derrotas em sua história, quando Pak Du Ik marcou o histórico gol da Coreia do Norte no triunfo por 1 a 0. Rivera (dir) tenta finalização para o gol norte-coreano
Foto: AP
Após recuperarem o caminho da vitória em 1970, e se consagrarem vice-campeões da Copa do Mundo do México, a Itália voltou a dar vexame no Mundial da Alemanha. Em derrota para a Polônia, na terceira partida da chave, por 2 a 0, a Itália foi eliminada precocemente pela quinta vez. Dino Zoff (foto) não conseguiu fazer a defesa em eliminação italiana
Foto: AP
Na Copa de 2002, realizada no Japão e na Coreia do Sul, a Itália se classificou em segundo lugar de seu grupo e enfrentou a anfitriã, Coreia do Sul, pelas oitavas de final. Prejudicada pela arbitragem, a Itália foi eliminada pelo placar de 2 a 1, com gol de Ahn Jung Hwan, aos 12min da prorrogação. Buffon (foto) lamenta a eliminação dos italianos