Dunga diz que "não é hora de 2014" e fala sobre Adriano e Ronaldinho

A lista de convocados do técnico Dunga para a Copa do Mundo, divulgada nesta terça-feira, não teve alguns dos nomes mais aclamados pela torcida: Paulo Henrique Ganso e Neymar, do Santos, e Ronaldinho, do Milan. Além disso, ficou de fora o atacante Adriano, do Flamengo, presença constante nas últimas relações. O treinador, porém, tinha explicações prontas para a ausência do quarteto.

"Eu tenho de avaliar os jogadores quando estão na Seleção. Eu os vejo nos clubes, acompanho, mas tenho de ver na Seleção. Eu vi todas as listas de vocês (imprensa), mas elas mudam de mês em mês, e depois vi que precisava ter a minha lista. A cobrança que tem em cima de mim é hoje, não é em 2014, então tenho de pensar no hoje", afirmou Dunga, falando sobre a situação de Ganso e Neymar.

"O desenvolvimento desses jogadores se deu em fevereiro e março. Dia 15 de dezembro, eles eram reservas. Voltaram das férias, com preparação de 15 dias, e foram titulares. A tendência é que isso não dê certo", disse.

No caso de Ronaldinho, o treinador declarou que ele disputava posição do lado esquerdo do ataque, onde Robinho é titular absoluto. De acordo com Dunga, o jogador do Milan nunca rendeu o esperado na Seleção Brasileira.

"Há três anos e meio, vejo vocês (imprensa) falando o tempo todo que nenhum treinador colocou ele na posição dele, pelo lado esquerdo, que ele não se adapta no meio. Então, ele vai disputar posição com caras do setor. Cada um teve sua oportunidade. A qualidade do Ronaldo é indiscutível, mas tenho de tomar a decisão pelo que aconteceu em campo. Me interessa o que acontece com o clube, mas me interessa mais o que aconteceu na Seleção. Não é que não me importe com problemas dos outros, mas eu tenho os meus próprios problemas", afirmou.

Já Adriano, outro titular na Copa de 2006, teve sua ausência justificada por sua falta de compromisso em ocasiões recentes. "Demos inúmeras oportunidades ao Adriano para reverter certas situações, mas aí vem aquilo da coerência, do comprometimento, do coletivo, que é mais importante. Chegou um momento de tomar a decisão. Meu coração disse uma coisa, mas a razão disse outra. Eu adoro o Adriano, acho que tem um futebol fantástico, mas algumas coisas do passado não podem se repetir".

Com informações da EFE

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