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Copa do Mundo

Escolado com fracasso de 2006, Parreira se preocupa com "estrangeiros"

16 mai 2010 - 09h20
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Celso Paiva
Direto de Johannesburgo

A Seleção Brasileira chegou a Copa do Mundo de 2006 como uma das favoritas. Primeiro lugar absoluto nas Eliminatórias, com craques como Ronaldinho, Ronaldo e Adriano, a equipe de Carlos Alberto Parreira entrou com moral no torneio na Alemanha. Porém, o final do filme todos já sabem: a decepção de perder mais uma vez para a França, de Zidane, nas quartas de final.

Acabado o Mundial, Parreira teve de aguentar diversas críticas por conta da má forma física de Ronaldo e Ronaldinho, por não ter dado espaço para jovens como Robinho, entre outras reclamações. Passados quatro anos, o treinador disputará mais uma Copa do Mundo e, apesar de não ter muitas esperanças de título, tem a responsabilidade de levar a equipe da casa a uma boa posição no Mundial.

Para evitar novo fracasso como em 2006, o técnico se mostra preocupado com a forma física dos jogadores da África do Sul que atuam fora do país. O motivo está no fato de grande parte desses atletas ficar na reserva de suas respectivas equipes.

Neste sábado, o treinador já disparou para o atacante Benny McCarthy, que chegou acima do peso da Inglaterra. "Ele não joga faz três semanas, desde que se mudou para o West Ham. Acredito que ele jogou só dois jogos. ele tem que nos ajudar e assim daremos suporte para que ele entre em forma", afirmou o treinador em entrevista ao jornal The Star, que parece estar descolado com a decepção vivida há quatro anos.

Mesmo atletas que foram destaques na seleção nacional nos últimos tempos sabem que chegou a hora de se mexerem, como é o caso do atacante Bernard Parker, apontado como um dos melhores jogadores da Copa das Confederações do ano passado e que ficou grande parte do tempo no banco do Twente, da Holanda.

"É definitivamente um momento de preocupações para mim. É realmente um problema eu não estar jogando muito recentemente, mas o que posso dizer é que se for chamado, darei o meu melhor. Tentarei fazer mais", afirmou o atacante ao semanal Soccer Week

Para acelerar a recuperação dos seus atletas "estrangeiros" antes da Copa do Mundo, Parreira planeja uma sequência de cinco amistosos, que começará neste domingo contra a Tailândia, na estreia do estádio de Nelspruit, uma das sedes do Mundial.

Além dos tailandeses, o treinador brasileiro se arquiteta para enfrentar a Bulgária, em 24 de maio, a Colômbia, no dia 27, a Argentina, no dia 31, e a Dinamarca, em 5 de junho. O jogo com os argentinos, que seria o principal teste antes da Copa, ainda não está confirmado. Se os sul-americanos não toparem, Parreira quer enfrentar um time mais ou menos do mesmo nível.

"Já disse a Confederação Sul-Africana que precisamos desse jogo do dia 31. Quando eu fiz a programação, pensei que teria os atletas que atuam na Europa mais cedo à minha disposição. Se não tivermos esse jogo, nós provavelmente teremos apenas uma partida para colocar em campo o time que estreará na Copa em 11 de junho", afirmou o preocupado Parreira ao The Star.

O treinador da África do Sul não quer repetir os erros com a Seleção Brasileira
O treinador da África do Sul não quer repetir os erros com a Seleção Brasileira
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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