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Copa do Mundo

Impasse sobre estádio de SP na Copa 2014 continua após reunião

21 jul 2010 - 15h08
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Cerca de duas horas de reunião entre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e as principais autoridades do Estado e da cidade de São Paulo não foram suficientes para resolver o impasse em torno do estádio que receberá os jogos do Mundial de 2014 na maior cidade do Brasil.

O dirigente se reuniu nesta quarta-feira com o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), na sede do governo estadual e, a julgar pelo que foi dito após o encontro, o impasse continua.

"Não se falou de nada objetivamente, só se falou genericamente da necessidade de São Paulo ter uma grande participação na Copa de 2014", disse Teixeira, que também preside o comitê organizador local do Mundial, numa rápida declaração a jornalistas.

"Concordamos com o espírito de fazermos o máximo para trazer a abertura da Copa para São Paulo", acrescentou o dirigente, ao lado de Goldman e Kassab. "Dentro das próximas semanas, nós vamos conseguir uma solução para que isso ocorra."

Durante a Copa do Mundo da África do Sul, a Fifa e o comitê organizador local da Copa de 2014 anunciaram a exclusão do Morumbi, estádio que pertence ao São Paulo Futebol Clube, do Mundial. O Morumbi havia sido escolhido pelas autoridades paulistas para ser o local das partidas disputadas em São Paulo durante a Copa.

De acordo com a Fifa, não foram apresentadas as garantias financeiras para a realização do projeto de reformas no Morumbi para o Mundial. Com a exclusão do estádio, iniciou-se as especulações em torno de qual arena seria a sede paulista na Copa.

Entre elas, a construção de um estádio completamente novo em Pirituba, zona norte da capital paulista, uma reforma e ampliação do estádio do Pacaembu, inaugurado em 1940, uma ampliação no projeto de reforma do Palestra Itália, do Palmeiras, e a construção de uma nova arena pelo Corinthians.

"Vamos estudar todas as alternativas que existem e as que possam vir a existir", disse Goldman, que descartou a possibilidade do Estado ficar fora do Mundial. "São Paulo ser uma das sedes já é uma coisa definida."

O governador e Kassab fizeram questão de reiterar a promessa de que não serão investidos recursos públicos em estádios, o que pode inviabilizar a construção da arena em Pirituba.

Ainda quando estava na África do Sul para a Copa do Mundo, Teixeira afirmou que São Paulo precisava decidir se quer ou não a abertura do Mundial e afirmou que "estamos nos aproximando perigosamente da data-limite".

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