Jornal enumera 10 erros da Argentina durante a Copa
A eliminação da Argentina na Copa do Mundo segue como assunto principal dos jornais locais. Principal veículo esportivo do país, o diário Olé enumerou dez motivos que causaram a derrota da Argentina para a Alemanha, por 4 a 0, neste sábado, na Cidade do Cabo, pelas quartas de final do torneio.
Entre os principais "culpados" pela derrota, o Olé destacou Diego Maradona (que não substituiu quando necessário), Messi (sumido durante o segundo tempo), além do goleiro Romero e do zagueiro Demichelis, que falharam no primeiro e segundo gols da Alemanha.
Confira os 10 motivos da derrota:
1 - Falta de um time coeso - Apesar das quatro vitórias que antecederam a derrota para a Alemanha, o time argentino nunca se portou como time, segundo o Olé. Os jogadores, chamados pelo jornal de "voluntários", tinham "espasmos de talento individual".
2 - Maradona demorou para fazer substituições - Talvez por confiar demais nos titulares, o técnico não mexeu na equipe na hora que precisava. Segundo o Olé, Maradona deixou de tirar atletas que estavam mal e nervosos. "A entrada de Pastore foi uma decisão valente, mas as decisões valentes não servem quando chegam tarde", criticou o jornal.
3 - Bobeadas nos gols - Aqui, o Olé direcionou suas críticas às atuações do goleiro Romero e dos zagueiros Demichelis e Otamendi, que, segundo o jornal, falharam em dois lances capitais, nos primeiros dois gols da Alemanha. No segundo, ainda deixaram Thomas Müller dominar a bola no chão e criar a jogada.
4 - Argentina subestimou a Alemanha - O periódico afirmou também que os argentinos não trataram os rivais alemães com o devido respeito. As exibições contra Sérvia e Gana na primeira fase foram tratadas como "exemplos", quando na verdade o duelo contra a Inglaterra, nas oitavas de final, deveria ser mais estudado.
5 - Lionel esteve longe de ser Messi - O Olé não esqueceu de "cornetar" o melhor jogador do mundo. Após jogadas brilhantes na primeira fase, Messi parou na marcação alemã e não soube conduzir a equipe à semifinal. "Não desequilibrou, nem foi sombra de melhor jogador do mundo", criticou o periódico, lembrando das grandes atuações de Messi pelo Barcelona.
6 - Tática e estratégia equivocadas - Para o diário, faltou visão tática a Maradona. Ao invés de manter o time ofensivo que encantou nos primeiros jogos, deveria ter colocado Verón em campo, para aumentar a experiência e o toque de bola contra um adversário muito rápido no ataque. "A formação do ataque deixou um espaço grande no meio-campo", noticiou.
7 - Excesso de individualidades - Volta-se ao problema de coesão apontado logo no início. Para o Olé, o time argentino era muito bom individualmente, mas não parecia um time. Messi, Tevez, Higuaín, Heinze e Verón formaram uma "teia de individualidades".
8 - Os gols se acabaram - Um contra a Nigéria, quatro contra a Coreia do Sul, dois contra a Grécia e três contra o México. Depois de marcar tantos gols, a Argentina passou em branco quando não devia. "Apenas um chute de Higuaín foi perigoso. É muito pouco", analisou o jornal argentino.
9 - Falta de peças - Reclamação usual após a saída do Brasil de Dunga, a Argentina de Maradona também não tinha um banco confiável, segundo o Olé. Para o jornal, o treinador não confiava em atletas como Clemente Rodríguez e Arial Garcé, únicos laterais especialistas do elenco, mas mal utilizados. O veterano Zanetti, segundo o diário, fez falta.
10 - Provocações de Maradona - Até os argentinos não gostaram das provocações de Maradona à seleção alemã. Na vésperas da partida, o treinador lembrou que confundiu Müller com um "gandula" e bateu boca com Schweinsteiger. Ambos foram fundamentais na vitória da Alemanha.
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