Longe da Seleção Brasileira, Wendel pensa em defender a França
Destaque do Bordeaux na temporada, o brasileiro Wendel já pensa na possibilidade de disputar uma Copa do Mundo. Mas o ex-jogador do Santos não pensa em disputar uma vaga na Seleção de Dunga e, sim, buscar a naturalização francesa.
Há quatro anos no país, Wendel já se diz totalmente adaptado aos costumes e não descarta defender a França no futuro. Em entrevista ao Jornal da Tarde, o meia brasileiro revelou seu desejo de jogar na equipe campeã mundial em 1998.
"Para esta Copa, vejo que no Brasil só há uma vaga que ficará entre o Júlio Baptista e o Ronaldinho e outra na lateral. Então, as portas estão fechadas para mim. Ninguém nunca me falou nada sobre jogar pela França, mas não sei, quem sabe? Você vê jogadores que foram para a seleção na base e depois, porque não fizeram nenhum jogo oficial e têm dupla nacionalidade, jogaram por outra seleção. E eu nunca fiz nenhum jogo pela Seleção Brasileira principal", disse.
Segundo Wendel, para conseguir a natuaralização, ele vai precisar de mais um ano atuando na França.
Vice-artilheiro da equipe na temporada, o meia é uma das esperanças do Bordeaux para a partida desta quarta-feira, quando o time vai tentar reverter a vantagem do Lyon após a derrota de 3 a 1 na partida de ida da Liga dos Campeões. Confiante na conquista da vaga, Wendel admite que ainda não fala francês fluentemente, mas acredita que isso não seria problema em caso de convocação para a França.
"É meu quarto ano aqui. Minha filha nasceu no país. Faz um ano e meio que não vou ao Brasil. Passei minhas férias de junho aqui em Bordeaux. Em dezembro, também não fui ao Brasil. Estou completamente adaptado, tenho muitos amigos franceses. Hoje em dia eu diria que eu sou quase um bordalês, como eles dizem aqui", afirmou.
O que pode facilitar a vida de Wendel é a possivel chegada de seu atual treinador, Laurent Blanc, no comando da seleção francesa. Após a Copa do Mundo deste ano, o treinador Raymond Domenech vai deixar o time.
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